Tangará Foods, vai reduzir operações de café

Tangará tem novo sócio e planeja expansão

28 de junho de 2012 | Sem comentários Comércio Empresas

A Tangará Foods, empresa capixaba que faturou R$ 1,6 bilhão em 2011 fornecendo
ingredientes para produção de alimentos, vendeu, há cerca de três semanas, 7,8%
de seu capital para o fundo de investimento Neo Capital Mezanino. A meta, com o
novo sócio, é profissionalizar a gestão, ampliar vendas e faturar R$ 4 bilhões em
2017.

Aquisições, fusões e aumento de portfólio fazem parte do plano de expansão. O
aporte feito pelo Neo, de valor não informado, dá-lhe direito a debêntures
conversíveis em ações. “Se houver um momento de liquidez, como uma abertura
de capital, a Neo pode converter as debêntures em ações”, diz José Aloizio Teixeira
de Souza Jr, vice-presidente de relações institucionais e sócio-controlador do Grupo
Tangará, com sede em Belo Horizonte e faturamento anual de R$ 3,5 bilhões.

Em 2011, o crescimento da Tangará foi de 40% sobre 2010, ritmo que se mantém
desde 2006 e vai desacelerar por causa do tamanho da base e da mudança de foco,
diz Souza Jr. Em 2012 a expansão deve ser de 10%, para R$ 1,8 bilhão.
“A empresa vai dar uma diminuída nas operações de café. Decidimos focar em
ingredientes. Existia um crédito presumido de PIS/Cofins, mas o governo cortou
neste ano, e isso acabou com a vantagem da operação”, diz Souza Jr.

A divisão de ingredientes representa 60% do faturamento; 20% equivalem a
negócios de café no atacado, que está sendo reduzida; e outros 20% correspondem
a venda de arroz, açúcar, milho branco e macarrão, entre outros produtos. A
Tangará negocia commodities em mais de 30 países.

O grupo Tangará, de controle familiar e com sede em Belo Horizonte, é sócia ou administra as seguintes empresas: Alicerce (do ramo da construção), Masb (incorporadora e construtora de imóveis), Mundi Investe (corretora de valores), Max Clean (produtos químicos), Mamoneira Agroindustrial (gado e mogno).

A Tangará Foods é o primeiro aporte da Neo Investimentos em uma empresa do ramo de alimentos, diz Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho, sócio do fundo. “Acredito que o consumo vai ser vetor da economia brasileira nos próximos anos, e o segmento de alimentação fora do lar, foco da Tangará, principalmente”, acrescenta.

Fundada em 2003, a Neo Investimentos é uma gestora de recursos que gere US$ 1 bilhão em diversas modalidades de fundos de investimentos, incluindo multimercados, private equity, imóveis e ações. Entre os investimentos da Neo estão a Livraria Cultura, a editora Gen, Aterpa (construção pesada) GPS (terceirização de serviços) e Gafor (logística). (Valor Econômico)

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