por Redação
25/8/2008
Alternativas para produzir café de boa qualidade com respeito ao meio ambiente e à sociedade. Este é o tema que reunirá, a partir desta segunda (25) até quarta-feira (27), cerca de 300 pessoas que participam da cadeia produtiva do café em um Seminário para a Sustentabilidade da Cafeicultura, no Teatro Municipal “Virgínia Santos”, em Alegre. O evento é uma realização do Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), da Prefeitura e do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
No encontro estarão presentes autoridades de todo o Brasil, envolvidas no agronegócio café, como representantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), da Embrapa Café de Brasília, da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) de São Paulo e do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), com o objetivo de trocar idéias e discutir técnicas para se garantir a sustentabilidade em todo processo produtivo do café, desde o plantio até colheita e a comercialização.
De acordo com o coordenador do Programa de Café do Incaper, Romário Gava Ferrão, tem-se observado uma exigência mundial para o consumo de alimentos seguros – sem a utilização de agrotóxicos, sem a exploração de mão-de-obra e com respeito aos recursos naturais. “Tendo em vista a importância da cafeicultura para o Espírito Santo, é fundamental o debate e a soma de esforços para que a atividade prossiga de forma equilibrada no Estado”.
Este equilíbrio é explicado pelo técnico na forma de um tripé. Segundo ele, para que a atividade seja sustentável ela deve estar em harmonia entre os valores econômicos, sociais e ambientais.
Além disso, Romário afirma ainda que o seminário representa um importante espaço para a interação de todos os setores envolvidos com a cadeia produtiva do café, onde os participantes poderão trocar experiências e dialogar, de forma a possibilitar o aparecimento de novos negócios.
A importância da cafeicultura no Espírito Santo
A cafeicultura é a principal atividade agrícola do Espírito Santo. Ela emprega 33% da população ativa do Estado e está presente em todos os municípios, exceto Vitória. Ocupa 500 mil hectares de área em 60 mil propriedades, representando, sozinha, 40% do PIB agrícola do Estado.
O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do Brasil e o primeiro em café Conilon. A produção total do Estado por ano é de aproximadamente 10 milhões de sacas, sendo 2,5 milhões de arábica e 7,5 milhões de Conilon, o que representa para os produtores uma arrecadação total de mais de R$ 2 bilhões com a comercialização do produto.
Destaca-se na cultura do café Conilon o município de Jaguaré, que representa 8% da produção estadual e é o maior município do mundo na produção desta variedade.