20/10/2009 – Objetivo é reduzir a dependência externa e incentivar a exploração interna de jazidas. O país importa 75% das matérias-primas dos adubos
José Rocher
A extração de potássio e fósforo, ingredientes básicos dos fertilizantes agrícolas hoje importados, terá regulamentação própria já em fase de elaboração, anunciou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. As regras vão viabilizar a exploração de reservas da região da amazônica (potássio) e do Nordeste (fósforo). “Vamos passar da dependência à condição de exportador”, disse, durante o lançamento da Expedição Safra 2009/10, projeto da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), ontem, em Curitiba.
Hoje o Brasil importa cerca de 90% do potássio e 50% do fósforo que consome, apesar de seu potencial nesses minerais. Em média, 75% dos fertilizantes são importados. “Até três anos atrás, não sabíamos que temos a terceira maior reserva de potássio do mundo”, frisou Stephanes, diante de uma plateia 130 produtores e líderes do agronegócio. Ele referia-se à jazida de Nova Olinda do Norte (AM), que vem sendo dimensionada.
O ministro contou que uma equipe de especialistas do governo federal elabora regras que vão determinar como serão exploradas as reservas. A definição e a implantação de um código geral para todos os minerais, incluindo ouro e diamantes, por exemplo, levaria muito tempo, argumentou.
Sua previsão é que a proposta relacionada aos minerais usados na agricultura seja encaminhada ao Congresso ainda neste ano. O ministro estima que o país será autossuficiente em oito anos, no caso do fósforo, e em dez anos, para o potássio.
A regulamentação deverá definir, por exemplo, se o setor poderá ser explorado por empresas estrangeiras e como serão concedidas licenças aos interessados. Stephanes garantiu que a meta do governo é implantar regras que evitem a concentração da atividade nas mãos de grandes empresas. “Atualmente, das 20 jazidas de fósforo, só dez estão sendo exploradas e, dessas, 8 estão nas mãos de uma única empresa”, citou.
O marco regulatório vinha gerando discussão entre Stephanes e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O ministro da Agricultura reclamava estar “angustiado” com a espera por uma definição. Ele considera que a redução da dependência das importações é estratégica para o país, pelo fato de a balança comercial estar apoiada no agronegócio. Além disso, espera redução nos custos da produção agrícola. Os fertilizantes representam, em média, 25% do custo de produção das lavouras.
20/10/2009
Objetivo é reduzir a dependência externa e incentivar a exploração interna de jazidas. O país importa 75% das matérias-primas dos adubos
José Rocher
A extração de potássio e fósforo, ingredientes básicos dos fertilizantes agrícolas hoje importados, terá regulamentação própria já em fase de elaboração, anunciou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. As regras vão viabilizar a exploração de reservas da região da amazônica (potássio) e do Nordeste (fósforo). “Vamos passar da dependência à condição de exportador”, disse, durante o lançamento da Expedição Safra 2009/10, projeto da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), ontem, em Curitiba.
Hoje o Brasil importa cerca de 90% do potássio e 50% do fósforo que consome, apesar de seu potencial nesses minerais. Em média, 75% dos fertilizantes são importados. “Até três anos atrás, não sabíamos que temos a terceira maior reserva de potássio do mundo”, frisou Stephanes, diante de uma plateia 130 produtores e líderes do agronegócio. Ele referia-se à jazida de Nova Olinda do Norte (AM), que vem sendo dimensionada.
O ministro contou que uma equipe de especialistas do governo federal elabora regras que vão determinar como serão exploradas as reservas. A definição e a implantação de um código geral para todos os minerais, incluindo ouro e diamantes, por exemplo, levaria muito tempo, argumentou.
Sua previsão é que a proposta relacionada aos minerais usados na agricultura seja encaminhada ao Congresso ainda neste ano. O ministro estima que o país será autossuficiente em oito anos, no caso do fósforo, e em dez anos, para o potássio.
A regulamentação deverá definir, por exemplo, se o setor poderá ser explorado por empresas estrangeiras e como serão concedidas licenças aos interessados. Stephanes garantiu que a meta do governo é implantar regras que evitem a concentração da atividade nas mãos de grandes empresas. “Atualmente, das 20 jazidas de fósforo, só dez estão sendo exploradas e, dessas, 8 estão nas mãos de uma única empresa”, citou.
O marco regulatório vinha gerando discussão entre Stephanes e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O ministro da Agricultura reclamava estar “angustiado” com a espera por uma definição. Ele considera que a redução da dependência das importações é estratégica para o país, pelo fato de a balança comercial estar apoiada no agronegócio. Além disso, espera redução nos custos da produção agrícola. Os fertilizantes representam, em média, 25% do custo de produção das lavouras.