Starbucks quer crescer fora dos EUA

Por: Gazeta Mercantil

O diretor financeiro da Starbucks, Troy Alstead, informou que as inaugurações de estabelecimentos fora dos Estados Unidos irão superar as domésticas, à medida que a maior operadora mundial de cafeterias se expande na China, Rússia e Brasil. Após anos gastando dinheiro para penetrar em dois entre quatro países por ano, a Starbucks reduz as despesas e se focaliza na expansão de seus mercados existentes, disse Alstead.


Fora dos mercados emergentes, a Starbucks pretende se expandir na Grã-Bretanha e Canadá , acrescentou. Cerca de um quinto das vendas da Starbucks, de US$ 10,4 bilhões no ano passado, vieram de fora dos EUA. A empresa em janeiro planejou a abertura de 170 novas cafeterias no exterior, em comparação com 140 que planeja inaugurar nos EUA, onde fechou 200 estabelecimentos não lucrativos.


A Starbucks detinha 16.875 cafeterias no final de 2008, incluindo cerca de 5,3 mil internacionais. A empresa possui 400 lojas na China, e Alstead vê um potencial para mais abertura. A Starbucks também está interessada em se expandir na Índia, embora as negociações com possíveis detentores de licenças e parceiros em joint ventures “não tenham ainda engrenado.” Também se espera que a linha Via, de café instantâneo, alavanque as vendas no exterior, onde as bebidas solúveis respondem por aproximadamente 40% de todas aquelas à base de café.


A Starbucks lança o produto em Londres na próxima semana e poderá expandi-lo em outros mercados. A linha foi lançada em Seattle e Chicago no início do mês. “É uma grande oportunidade nos EUA e uma ainda maior fora do país’, disse Alstead. Investidores e analistas questionaram as perspectivas da companhia nos EUA, à medida que a recessão cada vez mais profunda força alguns consumidores a diminuir a compra das bebidas tipo “expresso” da empresa.


O principal executivo Howard Schultz disse na quarta-feira que vai ampliar os investimentos em marketing para alavancar a posição da companhia como líder no setor de café, em meio à concorrência com o McDonald’s e Dunkin’Donuts. Alstead, de 45 anos, planeja reduzir US$ 500 milhões em despesas com alimentos e mão-de-obra até o final de setembro, e informou que as iniciativas “estão engrenando mais cedo do que o esperado.”


A companhia reduziu as despesas em US$ 75 milhões no primeiro trimestre, e espera-se que as poupanças acelerem até o final do ano, disse Alstead. As ações da Starbucks avançaram US$ 0,05 para US$ 11,55 na Bolsa Nasdaq, e captaram 22% este ano até antes de ontem.

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