Starbucks investe na China após fechar lojas nos EUA

17 de julho de 2008 | Sem comentários Cafeteria Consumo

A maior rede de cafeterias do mundo, Starbucks Corp., expandirá sua presença na China após anunciar planos de fechamento de lojas e demissões nos Estados Unidos. As mudanças na rede afetarão as operações da Starbucks da China de forma “mais positiva”, disse o presidente da companhia para a Grande China, Wang Jinlong, em entrevista em Hong Kong. “Haverá mais inovação, novos produtos e mais recursos, não somente investimentos”, comentou.


Os consumidores estão gastando menos nos chamados produtos de luxo acessíveis, como o café gourmet, por causa da contração econômica pela qual os Estados Unidos vêm passando e pelos preços recordes da gasolina, forçando o maior fechamento de lojas e cortes de empregos da história da Starbucks, anunciado em 2 de julho. A companhia fechará 600 lojas nos EUA e eliminará 12 mil postos de trabalho, desacelerando sua expansão doméstica após ter dobrado de tamanho em quatro anos. A empresa disse que aumentará seus investimentos na China, Canadá, Reino Unido e Japão, visando crescimento.


A Starbucks espera ganhar à medida que mais chineses com maior poder aquisitivo sejam atraídos pelo café gourmet. Existem hoje 100 milhões de consumidores de classe média na China e esse número pode crescer para 200 milhões em 2020, disse Wang. As vendas varejistas na China aumentaram 21,6% em maio.


A China, país no qual tradicionalmente as pessoas consomem mais chá do que café, tem potencial de se tornar o maior mercado fora dos EUA para a Starbucks porque a nação é a mais populosa do mundo, com 1,3 bilhão de pessoas.


A Starbucks tem mais de 300 lojas na China e tem planos de abrir pelo menos 80 lojas neste ano. “Temos um longo caminho a percorrer. Continuaremos expandindo. O número de lojas não será de centenas, mas de milhares”, afirmou Wang. A companhia planeja expandir em grandes centros, incluindo Pequim e Xangai, bem como em municípios menores como Wuhan, nas regiões leste e oeste do país. A reportagem é do Bloomberg.

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