Atlanta (EUA), 12 de Novembro de 2008 – O principal executivo da Starbucks, Howard Schultz, desistiu de sua meta de inaugurar 40 mil lojas depois que a empresa, a maior rede mundial de cafés, registrou uma queda de 96% no lucro do quarto trimestre.
As vendas em lojas inauguradas há pelo menos 13 meses, mensuração-chave do desempenho varejista, caíram 8% nos Estados Unidos, mais do que a Starbucks esperava, à medida que os consumidores, que pagam preços mais altos pela gasolina e pelos alimentos, reduziram o consumo de café premium.
Os resultados e o retrocesso de Schultz enfatizam a necessidade da companhia focar menos no crescimento e mais nos lucros. “Não é momento para objetivos ambiciosos”, afirma o executivo.
O lucro líquido do quarto trimestre recuou US$ 5,4 milhões frente a US$ 158,5 milhões no mesmo período do ano anterior. Excluindo custos com o fechamento de lojas não lucrativas e demissões, a companhia captou US$ 0,10 por ação, não correspondendo à média da estimativa dos analista em US$ 0,03. “A economia não está cooperando”, disse Emily Sanders, CEO da Sanders Financial Management.
A rede de cafés anunciou que irá inaugurar 700 novas lojas fora dos EUA em 2009, abaixo das 900 que estimou anteriormente. As vendas por loja no exterior quase não apresentaram variação no quarto trimestre , principalmente devido à debilidade na Grã-Bretanha, de acordo com a Starbucks.
A companhia informou em 1° de julho que fechará 600 cafés não lucrativos em importantes cidades dos EUA , 70% dos quais com menos de três anos de funcionamento. A Starbucks demitiu 13 mil funcionários, o maior corte de sua história. Também fechou três quartos de seus 84 estabelecimentos na Austrália, recuando em um mercado onde ingressou há oito anos.
Ontem, as ações da Starbucks recuaram no pregão de Nova York ontem, depois que a companhia disse que os ganhos de 2009 por ação poderão ser de US$ 0,71 a, no máximo, US$ 0,90, dependendo de quanto as vendas declinem.