Starbucks acelera ‘hedging’ de café e aumenta perspectivas de receita

28 de julho de 2017 | Sem comentários Cotações Mercado
Por: Tradução: Jhonatas Simião

A Starbucks divulgou que acelerou sua compra futura de café e também revelou seus esforços em aumentar o crescimento da companhia, expandindo-se no promissor mercado chinês através da maior aquisição do grupo.


Scott Maw, diretor de finanças da Starbucks, disse que a gigante de café havia – além de concluir a atribuição do preço do café para seu ano financeiro atual – comprado 70% das suas necessidades de café para a temporada de 2018, que começa em outubro.


Essa taxa de fixação representa uma aceleração em relação ao ano passado, quando o grupo tinha fechado “mais de 50%” de suas necessidades futuras de café no final de julho.


No entanto, a Starbucks está atrasada em suas atribuições de preços em comparação com 2015, quando, a partir de julho, tinha “mais de 80% bloqueados para os custos do café” para o exercício seguinte.


Implicação de custos


A compra acelerada foi feita em um mercado baixista, com os futuros no mercado do café arábica no mês passado atingindo uma baixa de 15 meses de 113,00 cents/lb em Nova York – embora tenham se recuperado bruscamente desde então, a 135,45 cents/lb na sexta-feira, com suporte de um avanço do real e preocupações com a colheita que está em curso no Brasil.


Em contrapartida, os futuros subiram no primeiro semestre do ano passado, tocando o que era até então uma alta de 16 meses em 153,05 cents/lb em junho.


No entanto, para a Starbucks, as oscilações do mercado parecem ter sido mínimas, com o Sr. Maw dizendo aos investidores que as compras para o ano financeiro de 2018 foram feitas “a preços aproximadamente equiparados ??a 2017”.


‘Pressões macro’


As informações seguem o lançamento dos resultados da Starbucks, com uma queda de 8,3% para US$ 691,6 milhões no trimestre encerrado em 2 de julho, apesar do crescimento na receita de 8,1% para US$ 5,6 bilhões, com margens pressionadas por diversos fatores, incluindo a crescente concorrência no mercado norte-americano.


O grupo cortou a estimativa de lucro por ação do ano inteiro para US$ 1,96-1,97, de uma estimativa anterior de US$ 2,06-2,07.


“A combinação das tendências no trimestre e as pressões macro atuais que afetam os setores de varejo e restaurantes nos motivaram a ficar um pouco mais cautelosos para o quarto trimestre”, disse Maw.


Expansão chinesa


Contudo, os resultados da companhia também mostraram uma crescente rentabilidade na China, onde a Starbucks revelou um acordo de US$ 1,3 bilhão para assumir o comando de cerca de 1.300 lojas, comprando os 50% restantes de negócios na China Oriental de parceiros de longa data, Uni-President Enterprises e President Chain Store.


Kevin Johnson disse que o acordo – que também verá Uni-President Enterprises e President Chain Store, comprará Starbucks fora de Taiwan – “é uma demonstração firme de nossa confiança na atual equipe de liderança [chinesa] local, à medida em que buscamos crescer de 2.800 para mais de 5.000 lojas até 2021”.


“A oportunidade da Starbucks crescer na China é incomparável”.


Belinda Wong, diretora-chefe da Starbucks China, disse que “com a classe média aumentando no país, o consumo de café, as pessoas tendo um poder de escolha cada vez maior e bebendo café, vejo enormes oportunidades à frente”.


O Sr. Maw disse que a Starbucks espera crescimento de receita de 20% na China, “e o lucro operacional está crescendo um pouco mais rápido do que isso”.


Tradução: Jhonatas Simião

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