OLHAR DO CAMPO
03/06/2010
Gre-Nal, em Luis Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, tem mais audiência do que o clássico Ba-Vi (Bahia X Vitória). Por toda parte há um CTG. Chimarrão é mais consumido que água de coco por aqui. Espeto corrido é mais conhecido que acarajé ou vatapá. E de vez em quando se ouve um bah ou tchê exclamado por algum nostálgico do pago.
Do final da década de 1970 – quando os primeiros agricultores gaúchos chegaram ao oeste da Bahia – aos dias atuais, a soja estendeu domínios. E no rastro da soja vieram o milho, a pecuária, o café, o algodão… Os gaúchos de Luis Eduardo Magalhães preferem plantar soja, mas investem em qualquer cultura com potencial econômico.
Nos últimos 10 anos, a região experimentou um crescimento espetacular. A população do município saltou de menos de 10 mil habitantes para mais de 50 mil. Avião particular virou jipe para muita gente. O eldorado baiano dos gaúchos retribuiu generosamente os esforços dos pioneiros. Parte desse sucesso desfila até amanhã na Bahia Farm Show, uma das maiores feiras agropecuárias do Nordeste, que fala com inconfundível sotaque gaúcho.