Cenário: Filipe Domingues
Dados divulgados na quinta-feira pelo governo dos Estados Unidos confirmaram a firme demanda por soja no mercado internacional e puxaram os preços da oleaginosa nas duas últimas sessões. Ontem, o contrato do grão para entrega em maio terminou o dia com valorização de 0,37%, cotado a US$ 13,74 por bushel, dando continuidade à alta de 1,39% da véspera. Na semana, os preços da soja acumularam elevação de quase 3%. A China continua sendo um comprador ativo de soja americana. Isso parece confirmar a ideia de que, com uma safra menor na América do Sul por causa do clima adverso, está aumentando a demanda pelo produto dos EUA, segundo analistas. Também dá suporte ao mercado a ideia de que produtores devem plantar na próxima safra mais milho, cujos preços são mais atrativos. Isso tende a impulsionar as cotações da soja, para manter a concorrência.
A demanda por milho também aumentou nas últimas semanas e a oferta é considerada restrita no curto prazo, o que ajuda a sustentar os preços. Os contratos com vencimento em maio avançaram 0,60%, para US$ 6,73 por bushel. Participantes do mercado de milho, assim como no de soja, também esperam compras mais agressivas dos chineses. Tal perspectiva impede que os preços recuem muito, embora sejam possíveis algumas correções.
Na Bolsa de Nova York, o dia foi de acomodação antes do fim de semana. O açúcar caiu 0,35%, pois investidores embolsaram lucros obtidos ao longo da semana. O mesmo ocorreu com o café, que encerrou em baixa de 1,59%.