ECONOMIA & NEGÓCIOS
22/05/2012
Cenário: Filipe Domingues – O Estado de São Paulo
O clima seco em áreas produtoras de grãos dos Estados Unidos impulsionou os preços da soja ontem na Bolsa de Chicago. O plantio da oleaginosa avança rapidamente no país, e as lavouras se encontram em fase de desenvolvimento suscetível à estiagem. Analistas disseram que se o clima não for favorável, provavelmente a produção será menor do que a esperada. No início de maio, o Departamento de Agricultura dos EUA estimou a safra em 87,2 milhões de toneladas. Ontem, participantes do mercado apostaram na alta e os contratos da soja para julho fecharam com valorização de 0,53%, a US$ 14,1250 por bushel. Cerca de 76% da área prevista para o plantio de soja no país foi cultivada até o momento, segundo o governo americano.
As incertezas com relação ao clima também puxaram os preços do trigo no mercado americano. Os contratos com vencimento em julho avançaram 1,26%, para US$ 7,04 por bushel, maior nível em oito meses. Há riscos de perdas nas lavouras na região sul das Grandes Planícies e nos países da antiga União Soviética.
Na Bolsa de Nova York, o café registrou a oscilação mais expressiva, mas na direção oposta. A commodity fechou com queda de 2,23%. Investidores embolsaram lucros obtidos em sessões anteriores e pressionaram as cotações. “O mercado está tentando encontrar um equilíbrio”, disse à agência Dow Jones o analista Márcio Bernardo, da corretora Newedge. “As pessoas querem ter uma ideia melhor de como será a próxima safra do Brasil”, cuja colheita ainda está na fase inicial.