04/01/2013
Cenário: Paula Moura – O Estado de São Paulo
Os preços futuros da soja caíram ontem na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado da oleaginosa recuou 0,41% e fechou a US$ 13,8650 por bushel. Pela terceira vez em duas semanas, a China cancelou compras que havia feito dos Estados Unidos, indicando que a demanda do maior importador mundial do produto não é tão firme quanto se pensava. Além disso, os preços da soja já vinham sendo pressionados por vendas de fundos e pela perspectiva de oferta maior devido a projeções de safras volumosas no Brasil e na Argentina.
Na mesma bolsa, o milho recuou 0,22%, ainda influenciado pela redução da competitividade do cereal dos EUA. Os preços do grão atingiram patamares recordes após a estiagem prejudicar as lavouras do país. O trigo subiu 0,03%, sustentado por preocupações com possíveis danos provocados pela falta de umidade nos Estados Unidos e na Austrália.
Na Bolsa de Nova York, as cotações do suco de laranja despencaram 4,29%. Os preços da commodity vinham subindo devido a expectativas de geadas na Flórida, maior produtor norte-americano de citros. Depois que previsões de temperaturas acima da média para o estado foram divulgadas, as cotações começaram a cair. O açúcar também recuou forte (3%). Participantes embolsaram lucros depois que as cotações avançaram na quarta-feira com o otimismo nos mercados em razão de o Congresso dos EUA passar um acordo fiscal. No caso do café (-1,94%), voltou a pesar sobre os preços a oferta global ampla. Na contramão, o algodão subiu 0,04%.