18/09/2012
Cenário: Paula Moura – O Estado de Sâo Paulo
A entrada da safra americana de soja no mercado e as perspectivas de chuvas favoráveis ao plantio no Brasil pressionaram os preços da oleaginosa ontem na Bolsa de Chicago. O contrato para entrega em novembro recuou 4,03%, fechando a US$ 16,69 por bushel. O porcentual representa uma queda de 70 centavos de dólar, o limite máximo de perdas para o produto em Chicago.
Investidores embolsaram lucros nos mercados de commodities agrícolas em geral, o que também pesou sobre as cotações. Essas vendas acabaram desencadeando ordens automáticas de mais vendas, inclusive de fundos, acentuando a queda. Além disso, em seu acompanhamento semanal da safra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que 33% das lavouras de soja apresentavam condição boa a excelente, melhora de um ponto porcentual em relação à semana anterior. Também em Chicago, o milho sofreu pressão de relatórios de aumento de produtividade em alguns estados americanos, recuando 4,35%. Chuvas nos EUA e na Austrália, depois de períodos de seca, ajudaram o trigo a cair 5%.
Na Bolsa de Nova York, apenas o açúcar terminou em alta, subindo 0,60%, com preocupações com a safra da Índia. O suco de laranja caiu 2,31% com a falta de novidades climáticas nos Estados Unidos, enquanto o café recuou 3,01%. O algodão caiu 0,75%, pois o mercado voltou a olhar os fundamentos de oferta ampla e demanda enfraquecida após a euforia com as medidas de estímulo à economia americana anunciadas pelo Federal Reserve (Fed).