Adauri Antunes Barbosa – O Globo
SÃO PAULO -.O zoneamento de risco climático já norteia a política agrícola do governo, determinando onde plantar, quando e se haverá financiamento. Como pelo menos 90% das perdas na agricultura são motivadas por chuvas, secas e geadas, o zoneamento tem como base chuva e temperatura, indicando cenários que levam em conta a elevação da temperatura.
– Se não há 80% de boas condições para plantar, o cultivo não é recomendado. Estamos trabalhando direto com chuva e temperatura – explicou o pesquisador Eduardo Delgado Assad, da Embrapa, ontem em São Paulo, durante a III Conferência Regional sobre Mudanças Globais: América do Sul.
As conseqüências do aquecimento global no clima do Brasil podem fazer com que três importantes culturas agrícolas do país – soja, café e feijão – sofram perdas incalculáveis em médio prazo, conforme resultado de estudo coordenado pelo
– Soja, café e feijão são as plantas que, em um primeiro momento, nós percebemos que são as mais vulneráveis – resumiu o pesquisador durante o painel que debateu “Impactos, vulnerabilidade e adaptação”.