A Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, afirma na nota que controla sim o café industrializado no Brasil, através do Programa Permanente de Controle da Pureza do Café (PPCPC), lançado em 1989, antes mesmo do Código de Defesa do consumidor.
O Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo – Sindicafe, esclarece ao consumidor de café do Brasil, que algumas informações inverídicas e de má fé, afirmam que o café ofertado no nosso País, não teria qualquer controle com relação à qualidade e pureza, o que estaria obrigando o Ministério da Agricultura – MAPA, a editar uma portaria (364), que está em fase de consulta pública, visando combater a fraude e verificar a qualidade do produto.
Ocorre que a Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, controla sim o café industrializado no Brasil, através do Programa Permanente de Controle da Pureza do Café (PPCPC), lançado em 1989, antes mesmo do Código de Defesa do consumidor.
Esse programa, totalmente cu steado pelas indústrias, sem qualquer verba pública, coleta e analisa mais de 5.000 amostras adquiridas nos pontos de vendas, por auditorias independentes e enviadas para avaliação em laboratórios certificados e também independentes. Esse pioneiro programa é uma referencia mundial, sendo reconhecido pela Organização Internacional do Café – OIC.
A ABIC ainda criou, em 2004, o Programa de Qualidade do Café – PQC, que certifica a qualidade do produto final por meio de uma metodologia de análise sensorial, e classifica e diferencia os cafés em 4 categorias: Gourmet, Superior, Tradicional e Extraforte. Além de certificar o produto, a empresa é auditada quanto às boas práticas de fabricação de todo o processo de industrialização, para garantir consistência.
Assim esclarecemos que no Brasil, o consumidor pode ter a certeza que degusta um produto auditado e analisado. As empresas que não seguem o padrão estabelecido são denunciadas ao Ministério Público, aos PROCONS e também ao comércio varejista.
Dagmar Cupaiolo, presidente do Sindicafé, afirma que para as indústrias de torrefação o consumidor é o “elo” mais importante da cadeia produtiva. “O café esta presente em 97% dos lares brasileiros, sendo o nosso país o segundo maior consumidor do mundo”, afirma Cupaiolo que complementa: “Se o brasileiro hoje tem acesso a cafés de extrema qualidade, isso é em decorrência de um trabalho sério, árduo e que custa valores expressivos aos empresários do setor, e que todo essa luta possibilitou o Brasil passar de um consumo de menos de 6 milhões de sacas em 1985 e chegar em 2021 consumindo a marca de mais de 21 milhões de sacas.
DAGMAR OSWALDO CUPAIOLO é presidente do Sindicato das Indústrias de Café do Estado de São Paulo