07/07/2010
Estamos constatando junto as nossas Cooperativas e as entidades de credito que as verbas do FUNCAFÉ para colheita e pré-comercialização estocagem não estão fluindo dentro do necessário. A colheita está correndo dentro da normalidade e os cafeicultores, endividados e apertados financeiramente, estão vendendo seus cafés a preços que não pagam os custos de produção.
A responsabilidade da fluência dessas verbas é do Ministério da Agricultura, que tradicionalmente sempre “liberou as verbas” de forma atrasada, não atendendo os cafeicultores em tempo hábil, e com isso abasteceu o mercado constantemente com preços baratos deixando vazar pelo ralo da incompetência, bilhões de dólares enriquecendo os compradores e países do primeiro mundo em detrimento aos cafeicultores, aos trabalhadores rurais e a Pátria.
Segundo o Secretário de Produção e Agroenergia, Sr Manoel Bertone, em entrevista ao Canal Rural no dia 21/06/2010, com o seguinte titulo “Ministério da Agricultura anuncia a liberação de R$ 2 bilhões do FUNCAFÉ para o financiamento da estocagem e comercialização. Medida será publicada nesta terça-feira (22/06) no Diário Oficial e chegará aos bancos no final da semana.” Que seria 28 ou 29/06/2010, os recursos não demorariam a chegar aos produtores e até agora nada de recursos.
Nesse contexto compete ao Ministério da Agricultura encaminhar um documento às Cooperativas de cafeicultores e aos agentes financeiros exigindo o cumprimento, com agilidade urgente, das normas ou portarias estabelecidas para estocagem do café no preço mínimo de R$ 261,69, bem como o repasse das verbas de colheita. Caso isso não ocorra o preço do café continuará despencando por negligência governamental (Ministério da Agricultura) como gestor que nunca foi capaz de fazer um Plano Estratégico para a Cafeicultura visando entre outros a regulagem do fluxo e “não sabemos por qual interesse”, abastecer o mercado comprador com café a preços irrisórios.
Baseado nisso, esperamos pela primeira vez um ação efetiva do respectivo Ministério, já que houve uma reestruturação com o novo Ministro e seus assessores.
Fonte: Sincal