10/05/2006 – 10:38:44 – Redação Gazeta Rádios e Internet
Com aumento de apenas 14% da área cultivada, a produção de café conilon no Espírito Santo teve um aumento de 180% na produção nos últimos dez anos. O motivo deste resultado foi o incremento tecnológico, que fez um grande diferencial na produtividade, na qualidade e na sustentabilidade das lavouras.
As novas tecnologias para aumentar ainda mais a produção capixaba estão entre os destaques Simpósio Norte Capixaba do Café Conilon, que começa nesta quarta-feira em Pinheiros. Na quinta e sexta-feira, dias 12 e 13 de maio, estarão reunidos importantes personalidades que trabalham com a cultura do café conilon, juntamente com especialistas e pesquisadores do Incaper. O simpósio trará informações preciosas para o produtor sobre melhoramento genético, nutrição e irrigação na cafeicultura.
Segundo o presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa (Incaper), Enio Bergoli, Pinheiros e Jaquaré são os dois municípios capixabas que têm hoje uma das cafeiculturas mais modernas em termos de tecnologias e conhecimento do Brasil. As lavouras são irrigadas com variedades clonais, manejo de poda e técnicas de nutrição.
Há duas décadas, o Espírito Santo produzia em média 60 sacas de café conilon por hectare. Hoje, na mesma área, com a adoção das tecnologias desenvolvidas pelo Incaper, os produtores capixabas produzem até 120 sacas por hectare. Dependendo do solo, a produção pode ser ainda maior.
Durante o evento em Pinheiros serão realizadas palestras sobre inovações tecnológicas, como métodos de irrigação e de recursos hídricos, variedades de plantas, manejo do solo e adubação, além de perspectivas futuras para o café conilon e políticas de desenvolvimento da cafeicultura capixaba.
“O objetivo é passar para os produtores, técnicos, comerciantes e torreifadores, as novas tecnologias, tanto para o aumento da produção, quanto para a comercialização. Outro ponto importante é a troca de informações para expandir mais ainda a cafeicultura capixaba”, afirma o presidente do Incaper, Enio Bergoli.