fonte: Cepea

Silas Brasileiro fala sobre mercado e política do café

28 de janeiro de 2010 | Sem comentários Entrevistas Mais Café

28/01/2010 Em entrevista ao Programa Roda Viva, o deputado federal Silas Brasileiro falou sobre o mercado de café, a união de cafeicultores do Cerrado Mineiro e apresentou o que está sendo desenvolvido para melhoria do setor.


Conteúdo da entrevista


Silas apontou que na cafeicultura, além do enfoque econômico há enfoque social, uma vez que é a única cultura que gera 8,4 milhões de empregos no país. “Nós temos defendido a produção de café dentro do tripé: sustentabilidade econômica, social e ambiental”, acrescentou ele.


“Sentimos que o Cerrado Mineiro tem sido uma fronteira diferenciada do restante das áreas produtoras de café do País pois ele é mais evoluído, mais profissional, e os líderes participam de uma maneira mais direta.”


Silas acredita que para que se tenha políticas duradouras para o café é preciso ter um levantamento de dados possibilitando conhecer qual área produtiva do país, qual idade dos cafeeiros, qual produtividade, qual capacidade de produção, qual necessidade de expansão, o que o mercado externo está buscando para garantir o mínimo de renda necessária para que o produtor possa continuar sua atividade, entre outros.


“Grandes corporações como Café do Cerrado, Cooxupé, Associações e cooperativas tem dado suporte para que possamos expandir estudos sobre o café. A partir de fevereiro será formado um Grupo de Trabalho com a filosofia: Pensando em café, desde a produção até comercialização”, informou o deputado.


“O trabalho tem o objetivo de ter uma politica consistente, planejada, para cafeicultura nacional, a partir da proposta que sairá do Cerrado”, completou.


Silas Brasileiro abordou também a questão da formação de preços de café no mercado. “O produtor tem participação na formação de preço, mas quem forma o preço realmente são os compradores. O produtor tem que colocar no mercado em 3 meses um café que demorou 12 meses para produzir. O excesso de oferta de café gera elevação de preços. Temos que fazer com que o café produzido ao longo de 12 meses possa ser colocado no mercado ao longo desse período.”


O deputado explicou que por falta de política, está havendo uma transferência muito grande de café do Brasil para o mercado consumidor. Sendo assim, o mercado consumidor que trabalhava com estoque relativamente pequeno, hoje tem em média 3 meses de estoque, não tendo pressa de comprar mais café, estabelecendo assim o preço de mercado.


“O preço tem que ser remunerativo mas não elevado, para que não venha haver excesso de produção”, finalizou Silas Brasileiro.  As transcrição da entrevsita foi realizada pelo Equipe do Café Point.


Confira a entrevista na íntegra.





Gilson Ximenes, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), escreveu um artigo-resposta à entrevista. Veja através do link CNC contesta posição de Silas Brasileiro – Pensando em café


http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=30051.

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