As empresas de implementos agrícolas também estão elegendo o grupo de culturas chamado de ‘4 cês’ — cana, café, citrus e celulose — como forma de reverter as perdas sofridas em 2005. A Jumil , uma das maiores empresas do setor de implementaos agrícolas, deverpá investir em uma nova linha de produtos para a cultura da cana-de-açúcar, com previsão de lançamento no Agrishow, evento que acontecerá em Ribeirão Preto, no próximo mês de maio.
Segundo o coordenador de marketing da empresa, Luís Gustavo Aleixo, os novos equipamentos, que se destinarão à fertilização e uso de defensivos, ainda estão em fase de estudos e entrarão em testes posteriormente. “Ainda não sabemos quanto será o investimento ou qual será a representatividade da nova linha. Só será possível estimar esses dados na segunda quinzena de fevereiro, quando os produtos forem testados e o panorama do que podemos esperar estiver mais claro”, afirma ele.
Ainda, segundo Aleixo, outro setor da empresa que deve crescer é a venda de peças para reposição. “O produtor não está investindo e uma opção será reformar o maquinário ao invés de adquirir novos. Ainda não é possível prever quanto este segmento poderá crescer”, explica o coordenador de marketing da empresa.
O executivo da Jumil diz que o faturamento da empresa em 2005 foi de aproximadamente US$ 50 milhões, 50% inferior ao de 2004. Para 2006, ele espera que ainda haja reflexos do ano anterior, e também seja um ano de vendas em baixa. A Jumil se localiza em Batatais, interior de São Paulo.
No sul
A empresa catarinense Moldemaq aposta em uma parceria com a empresa paulista Sol para entrar na cultura de café. A empresa do Sul fornecerá a peça para que os tratores da Sol se tornem 4×4. “Além disso, esperamos uma melhora na cultura de arroz no segundo semestre. A empresa espera recuperar as perdas de 2005, que foram de 20%, e ter um crescimento real de 10% em 2006”, planeja o diretor comercial da Moldemaq, Jair Tecilla.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (Abimaq), as perdas no setor no ano passodo foram de 40% em relação a 2004, ano em que o faturamento chegou a cerca de R$ 7,5 bilhões. “E as perspectivas para 2005 não são boas. Para melhorar, seria necessário uma mudança na política econômica, o que demoraria de três a seis meses para surtir resultados”, diz o presidente da associação, Newton de Mello.