Café no interior |
A sétima edição do Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé) já tem data agendada – próximos dias 15 a 17. A novidade este ano é a mudança de sede: em vez de se realizar na capital baiana, como de costume, o evento vai ser deslocado para Vitória da Conquista, no sudoeste do estado. A explicação para a transferência “extraordinária” de local está na ponta da língua do presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), Eduardo Salles: “Aquela região é a maior produtora da cultura do Norte e Nordeste do país, com safra de 800 mil sacas por ano. Nosso objetivo com a mudança é encurtar a distância entre o produtor e o mercado de informações e tecnologias”. O evento está envolvendo investimentos da ordem de R$500 mil, devendo atrair cerca de mil congressistas da Bahia e vários estados – “principais produtores, grandes torrefadores e os maiores exportadores”, como destaca Salles. O dirigente da Assocafé – entidade que promove o simpósio em parceria com a Secretaria estadual da Agricultura (Seagri), Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba), Federação da Agricultura (Faeb) e cooperativas de produtores – adianta que nessa edição serão ministrados 11 minicursos gratuitos para os participantes. Com tema central enfocando a cafeicultura dos próximos anos, o 7º Agrocafé vai debater os problemas e buscar soluções para o fortalecimento do setor. “Vamos discutir, a partir das lições advindas da recente crise do setor, quais as perspectivas futuras da cultura. Queremos apresentar as melhores técnicas de produção do país, promovendo o ajustamento na cadeia produtiva, com a transferência de tecnologias mais avançadas aos pequenos produtores, criando também oportunidades de negócios”, salienta. Na avaliação de Salles, “o horizonte da cafeicultura está mais claro hoje, mas as incertezas para o futuro ainda são muitas”. A Bahia é o quarto maior produtor do país, com dois milhões de sacas por ano, equivalendo a 5% do volume nacional. O setor emprega 400 mil trabalhadores no estado no período de colheita e 150 mil fixos, sendo a cultura que mais gera emprego e renda no campo baiano. |