As cápsulas revolucionaram o mundo do café e mandaram as antigas máquinas para museus. Mas serão a opção mais segura?
De acordo com a investigação espanhola, as máquinas de café de cápsulas – cada vez mais comuns em casas e escritórios – contêm um vasto leque de bactérias, mas que não são prejudiciais à saúde.
Manuel Porcar, diretor do estudo feito no Instituto Canavilles de Biodiversidade e Biologia Evolutiva da Universidade de Valência, revela que as cápsulas de café são altamente seguras, não contendo qualquer tipo de micro-organismos. Contudo, é nas máquinas que o problema (leia-se, as comunidades de bactérias) reside.
“É totalmente seguro. As cápsulas e o café não contêm qualquer tipo de micro-organismo que tenhamos sido capazes de detetar. Porém, é no reservatório das cápsulas que acontece a contaminação. Apesar da relativa capacidade antibacteriana do café, há um grande número de microorganismos que podem ser patogénicos”, isto é, nocivos à saúde, como explica ao El Páis o mentor do estudo, Manuel Porcar.
Para o investigador, a forma mais eficaz de evitar problemas maiores relacionados com o consumo de café de capsulas é tentar não entrar em contacto “com o líquido que se acumula no reservatório”. Mas apenas em casos extremos de “falta de higiene” (em que o reservatório das cápsulas fica esquecido semanas a fio) é que o uso de máquinas de capsulas pode causar algum tipo de problemas digestivos.
O segredo está “em limpar a máquina com uma certa frequência” de depois lavar as mãos. O mais indicado é limpar o aparelho uma vez por semana.
A investigação foi publicada no final do ano passado na revista Nature.
Em 2011, um estudo da Universidade de Barcelona também já tinha analisado a segurança das cápsulas de café, concluindo que os níveis de furano (componente toxico e possivelmente cancerígeno) eram maiores neste tipo de café, quando comparado com o tradicional expresso ou café de cafeteira.
Fonte: Notícias ao minuto