Seminário discute até amanhã propriedade intelectual e tecnologia agropecuária

Milena Assis
Da Agência Brasil

Brasília – A articulação de ações para a proteção de cultivares, as indicações geográficas dos produtos agropecuários e a promoção de tecnologia para o setor são temas de seminário que reúne até amanhã (7) representantes das Superintendências Federais de Agricultura de todos os estados.


Segundo o secretário interino de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ézio Gomes da Mota, apenas três produtos têm hoje identificação geográfica: o vinho do Vale dos Vinhedos, o café do Cerrado e a cachaça. “Por haver diversos tipos no país, estamos trabalhando direcionamentos específicos, como a cachaça de Salinas, em Minas Gerais, e a da região de Parati, no Rio de Janeiro. Essas qualidades diferenciadas típicas de uma região agregam valor aos produtos”, explicou.


O objetivo da reunião, segundo Mota, é “avançar para que outros produtos brasileiros possam ter sua identificação geográfica, como, por exemplo, o queijo da Serra da Canastra em Minas Gerais, que tem uma característica específica”. O incentivo a essas atividades, acrescentou, pode abrir um canal de discussão com os produtores dos diversos estados brasileiros, identificando geograficamente algum tipo de produto com características específicas de determinada região. “Queremos buscar a organização dos produtores, para que juntos possam ter produtos de qualidade com alta tecnologia e, assim, agregar renda para que possam ter melhor resultado na sua atividade agropecuária”, disse.


De acordo com o secretário, “é necessário promover atividades de desenvolvimento de produção dentro de tecnologias apropriadas, fazer um levantamento de quais são as tecnologias existentes hoje. Sabendo quais são as nossas principais demandas, podemos articular com os centros de pesquisas e com as universidades”.


Mota explicou que há diversas plantações protegidas, por isso o foco da discussão agora é a revisão da legislação de proteção de cultivares. “O Brasil precisa avaliar cada vez mais suas potencialidades, para preservar a biodiversidade e utilizá-la da melhor maneira possível, já que muitos produtos estão sendo pirateados”, acrescentou.

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