Porto Alegre, 14 de agosto de 2015 – A semana foi de ampla volatilidade e de preços mais altos no mercado internacional de café, se refletindo nas cotações internas. As preocupações com o tamanho final da safra brasileira deste ano, com informações dando conta de quebra de renda no beneficiamento dos grãos, determinaram altas tanto para o arábica na Bolsa de Nova York quanto para o robusta em Londres.
As notícias cada vez mais dão conta de que a safra ficará menor do que o imaginado anteriormente, com os produtores precisando de mais grãos para fechar uma saca de café beneficiado em função dos problemas climáticos enfrentados. Como já há um aperto na oferta global contra a demanda, qualquer problema maior com a produção brasileira vai se refletir em preços mais altos nas bolsas.
Em Nova York, os preços bateram na semana nos patamares mais elevados em dois meses. No balanço da semana até esta quinta-feira (13/08), os contratos para dezembro em NY no arábica subiram 7,4%, saindo de 130,85 para 140,60 centavos de dólar por libra-peso. Em Londres, o robusta subiu menos, 2,6% para o contrato setembro.
No Brasil, os preços dos cafés de melhor qualidade superaram a importante linha psicológica de R$ 500,00 a saca, o que atraiu mais os produtores para a venda e movimentou mais o mercado físico. O dólar, entre altas e baixas, terminou a quinta-feira quase como começou a semana. Assim, no balanço semanal, o arábica bebida dura no sul de Minas Gerais subiu 6,3% até esta quinta-feira (13), passando de R$ 475,00 para R$ 505,00 a saca. O conilon tipo 7, em Vitória/Espírito Santo, avançou menos, 1,6%, no mesmo comparativo, subindo de R$ 320,00 para R$ 325,00 a saca.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS