SAFRAS (06) Depois de acumular valorização de 6,5% na semana passada, o mercado internacional de café teve nos últimos dias um balanço negativo. A Bolsa de Mercadorias de Nova York, que baliza as cotações do café arábica no mundo, teve mais uma semana de ampla volatilidade, enquanto no Brasil as cotações se sustentaram principalmente pela retração na oferta por parte dos vendedores/produtores e pela necessidade de aquisições dos compradores.Na semana passada, os preços em NY atingiram os níveis mais altos em 12 anos e meio, patamares mais elevados desde fevereiro de 1998.
O que motivou os ganhos foi especialmente a preocupação do mercado com a oferta restrita para cafés arábica de alta qualidade no curto a médio prazo. Os cafés suaves, arábicalavados, estão em falta no mundo depois de dois anos de problemas nas safras daColômbia e América Central e isso gerou na semana anterior fortes movimentos decompra de fundos e especuladores, garantindo a escalada nas cotações.Mas, esta semana agora começou já com o mercado despencando.
NY acumulou nasegunda e terça-feira queda de 5,5%, com realização de lucros e ajustes técnicos, gráficos. O sentimento nesses dias era de que o mercado já precificou a oferta restrita e que os ganhos estavam exagerados, daí a correção. Além disso, no último trimestre do ano entra a safra da América Central e Colômbia, que será melhor que nos últimos anos, e atenuará esse problema de oferta restrita.