O início do período chuvoso mudou a paisagem do sul de Minas Gerais. O maior índice de umidade finalmente favoreceu a florada do café após um longo período de estiagem na região. Os produtores seguem agora na expectativa de que o volume de chuvas seja suficiente para a realização do pegamento do chumbinho para que, em seguida, haja a formação do grãos de café.
Na opinião do gerente comercial de mercado interno da Cooxupé, Mário Panhota, ainda não há garantias de que a flor se transforme em chumbinho devido ao grande estresse hídrico enfrentado pelas lavouras no período de estiagem. “Algumas lavouras desfolharam bastante. Mas, acho que a gente tem que aguardar mais um pouco para ver a reação da planta”, comenta. Para ele, o mais importante será a segunda florada para que se defina o nível do pegamento para formação de chumbinho.
Com relação aos preços, Panhota contesta as expectativas negativas para o mercado de café por parte das empresas estrangeiras, que acreditam em uma super produção brasileira para a próxima safra e a consequente desestabilização das cotações. Para ele, mesmo que boa produtividade brasileira se confirme, o mercado deve se manter sustentado, já que o produtor segue muito resistente com relação à venda de sua produção. “Ele já adubou suas lavouras, tem os compromissos liquidados, uma situação financeira melhor (…) O produtor não está disposto a vender sua mercadoria com os patamares de preços atuais. Ele vai segurar o café até o início da próxima safra”, acredita. (Noticias Agricolas)