04/11/09
Além da tributação de parte do investimento estrangeiro por meio do IOF, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, defendeu novas medidas na área cambial.
“Temos de tomar medidas mais imaginativas, mas sem comprometer a credibilidade da economia brasileira”, disse Barral, que considerou os 2% do imposto uma medida insuficiente.
No entanto, para o vice-presidente a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, a margem de manobra do governo é pequena diante do problema. Segundo ele, além de medidas na área tributária, o apropriado seria realizar mudanças cambiais.
“A moeda se valorizou tanto que não bastam apenas medidas inventivas. A estratégia também tem de mudar; o Banco Central não pode continuar a reboque do mercado”, considera. Uma das medidas que o BC adotou foi aumentar a compra de dólares no mercado.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que a valorização do real em relação à moeda americana nos últimos meses tem afetado os resultados da balança brasileira nos dois sentidos da corrente de comércio.
Por um lado, estimula o aumento das importações de bens de consumo e insumos industriais e, por outro, impede que o país recupere mercados importantes, que sofreram forte retração durante a crise econômica e agora começam a crescer.
“Nos Estados Unidos e na América Latina, tivemos quedas muito grandes e não estamos conseguindo retomar em boa parte por causa do câmbio”, reconhece Barral.