Linneu Costa Lima, Secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apresenta os números da atuação da Pasta junto à cafeicultura
O ‘cenário do mercado de café’ foi o tema apresentado pelo Secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Linneu Costa Lima, durante o segundo painel desta segunda-feira, na oitava edição do Agrocafé – Simpósio Nacional do Agronegócio Café. Durante sua explanação, Costa Lima apresentou, em números, a atuação do Mapa junto ao agronegócio café. Ele falou sobre a evolução da política setorial e os desafios enfrentados pela cadeia nos últimos anos. “A cafeicultura vive uma excelente fase. Quando o ministro Roberto Rodrigues assumiu a Pasta da Agricultura o preço da saca no mercado externo estava na casa dos US$30,00 dólares, hoje este valor está por volta dos US$ 130,00”, diz o secretário. “Todas as culturas devem se espelhar no que acontece atualmente com o café. Hoje trata-se de um setor unido, que luta para um bem comum”, completa.
Para isso, segundo Lima, o governo criou o Conselho Deliberativo de Políticas Cafeeiras (CDPC), que apresentou um Plano Nacional de Desenvolvimento do Agronegócio Café, que tem como objetivo gerar renda e desenvolvimento harmônico em todos os elos da cadeia agroindustrial do café, promovendo a geração de divisas, de emprego, a inserção social e a sustentabilidade ambiental em benefício da sociedade brasileira. Este plano visa a recomposição do FUNCAFÉ, a transparência das Informações, uma Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM, um Programa Integrado de Marketing dos Cafés do Brasil – PIM/Café e o Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café – PNP&D/Café.
Para manter a transparência nas informações, o governo criou o Projeto de Aperfeiçoamento Metodológico do Sistema de Previsão de Safras – Geosafra, que faz o levantamento periódico dos estoques públicos e privados, além do zoneamento agrícola para a cultura do café.
Ainda de acordo com Costa Lima, com a introdução do café na PGPM, na safra 2002/2003, o setor passou a ter acesso às linhas de financiamento para custeio e comercialização do MCR – 6.2, além dos recursos do FUNCAFÉ.
PNP&D/Café
Executado pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café e coordenado pela Embrapa, o Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Do Café (Pnp&D/Café) tem como objetivo dar sustentação tecnológica, social e econômica ao desenvolvimento do agronegócio café. Desde o ano passado, o programa está dando ênfase na transferência e difusão de tecnologia, permitindo o acesso de milhares de produtores aos resultados das pesquisas.
O secretário mencionou ainda a criação de uma política estrutural e anticíclica, criada pelo Mapa para manter o equilíbrio entre a oferta e a demanda do produto. “Esta política estuda meios de não prejudicar o mercado, para que o excesso de oferta não deprima os preços e que nem o déficit do produto prejudique o consumo”, ressalta.
Ao final de seu pronunciamento, o secretário se comprometeu a acompanhar a cafeicultura baiana. “Vamos estar juntos como o estado da Bahia também no setor cafeeiro”, finaliza.