Impulsionada pelo minério de ferro, a cidade de Nova Lima, em Minas Gerais, viu suas exportações saltarem de US$ 194,7 milhões em 2004 para US$ 1,34 bilhão no ano passado. O produto responde por 99% da pauta exportadora, mas houve espaço para bens como válvulas cardíacas, café e iogurte.
Informações como essas serão divulgadas nesta semana pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento. A exemplo do que já ocorria com os Estados, a secretaria completou a compilação dos dados de municípios, com a discriminação por bens e países de destino, para a internet.
Os dados permitem analisar a evolução dos municípios. Entre aqueles com as maiores altas em 2005 ante o ano anterior -dentro do universo dos cem que mais vendem ao exterior- estão, por exemplo, cidades beneficiadas pelo “complexo soja”.
É o caso de Alto Araguaia e de Campo Novo dos Parecis, ambas em Mato Grosso. A primeira registrou um crescimento de quase 800% nas exportações do ano passado: elas passaram de US$ 31,3 milhões para US$ 277,1 milhões, o que lhe valeu a 90ª posição no ranking nacional.
As vendas de óleo de soja refinado, por exemplo, subiram 73% em 2005 em Alto Araguaia. Mas uma análise mais detalhada mostra que o salto ocorreu mesmo com a soja em grão. A participação desse produto na pauta de exportação da cidade subiu de 2,24% para 83,44% em 2005.
Outra cidade com crescimento expressivo das vendas em 2005 foi Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Petróleo e produtos derivados da commodity dominaram o ranking do município, mas houve espaço para a indústria pesqueira -a venda de peixes-sapo congelados subiu 41% e equivaleu a US$ 297 mil.