Seca no Brasil provoca mudanças no mercado de commodities

Jornal do Brasil – 06/03

A pior seca da história do Brasil nas últimas décadas está dizimando as culturas e provocando mudanças no mercados de commodities. As informações publicadas nesta quinta-feira (6/3) no Wall Street Journal afirmam que raramente tem chovido nas principais regiões agrícolas do país desde o início do ano, período em que a precipitação é geralmente a mais pesada.

Os comerciantes, analistas e meteorologistas do governo que estavam prevendo em dezembro as colheitas recordes de café, açúcar e soja, estão mudando as suas estimativas de produção, provocando com isso um aumento nos preços futuros que podem ser traduzidos em custos mais elevados para os consumidores no final do ano. Os preços futuros para a variedade de café arábica são até 67% desde o início do ano. Os preços das matérias-açúcar subiram 8%. A soja, cuja cultura foi afetada pela seca em algumas áreas e excesso de chuva em outras, também está acima de 8%.

Os cafeeiros e campos de cana-de-açúcar afetados pela seca contrastam com as colheitas que pesaram sobre as commodities nos últimos anos. O aumento dos preços nos mercados em que o Brasil é um dos principais fornecedores, mostrar a rapidez com que os mercados globais de commodities podem oscilar com as preocupações com a oferta e temores de uma escassez. A situação no Brasil também poderia pressagiar um período de volatilidade dos preços após uma era de preços relativamente baixos e estáveis em muitas matérias-primas, que beneficiaram as empresas e consumidores, segundo os analistas entrevistados pelo Wall Street.

O Brasil é o maior produtor e exportador  de café e açúcar do mundo. Para a soja, esperava-se este ano superar os Estados Unidos como o maior produtor, pela primeira vez, apesar de que agora é improvável por causa do tempo, dizem os mesmos especialistas. “Até agora, este ano, o clima [no Brasil] tem sido a maior surpresa para [commodities] mercados em todo o mundo. Quando você tem um grande efeito externo, especialmente uma seca que não é possível quantificar, que lança toda a equação de oferta e demanda fora de sintonia”, disse Adam Sarhan, executivo-chefe da Sarhan Capital, uma firma de consultoria de Nova York.

Os grandes ganhos de café, açúcar e soja têm ajudado a impulsionar o índice de commodities S & P GSCI para 3,8% este ano. O índice de ações S & P 500 é de 1,4%. Preocupações com o abastecimento nos mercados de commodities não foram isoladas para o setor agrícola do Brasil. Fornecimentos de gás natural, que é utilizado para aquecer e gerar energia elétrica dos Estados Unidos, têm sido esticado por um inverno rigoroso e os preços da gasolina estão em alta de 10% este ano.

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Seca no Brasil provoca mudanças no mercado de commodities

A pior seca da história do Brasil nas últimas décadas está dizimando as culturas e provocando mudanças no mercados de commodities. As informações publicadas nesta quinta-feira (6/3) no Wall Street Journal afirmam que raramente tem chovido nas principais regiões agrícolas do país desde o início do ano, período em que a precipitação é geralmente a mais pesada.

Os comerciantes, analistas e meteorologistas do governo que estavam prevendo em dezembro as colheitas recordes de café, açúcar e soja, estão mudando as suas estimativas de produção, provocando com isso um aumento nos preços futuros que podem ser traduzidos em custos mais elevados para os consumidores no final do ano. Os preços futuros para a variedade de café arábica são até 67% desde o início do ano. Os preços das matérias-açúcar subiram 8%. A soja, cuja cultura foi afetada pela seca em algumas áreas e excesso de chuva em outras, também está acima de 8%.

Os cafeeiros e campos de cana-de-açúcar afetados pela seca contrastam com as colheitas que pesaram sobre as commodities nos últimos anos. O aumento dos preços nos mercados em que o Brasil é um dos principais fornecedores, mostrar a rapidez com que os mercados globais de commodities podem oscilar com as preocupações com a oferta e temores de uma escassez. A situação no Brasil também poderia pressagiar um período de volatilidade dos preços após uma era de preços relativamente baixos e estáveis em muitas matérias-primas, que beneficiaram as empresas e consumidores, segundo os analistas entrevistados pelo Wall Street.

O Brasil é o maior produtor e exportador de café e açúcar do mundo. Para a soja, esperava-se este ano superar os Estados Unidos como o maior produtor, pela primeira vez, apesar de que agora é improvável por causa do tempo, dizem os mesmos especialistas. “Até agora, este ano, o clima [no Brasil] tem sido a maior surpresa para [commodities] mercados em todo o mundo. Quando você tem um grande efeito externo, especialmente uma seca que não é possível quantificar, que lança toda a equação de oferta e demanda fora de sintonia”, disse Adam Sarhan, executivo-chefe da Sarhan Capital, uma firma de consultoria de Nova York.

Os grandes ganhos de café, açúcar e soja têm ajudado a impulsionar o índice de commodities S & P GSCI para 3,8% este ano. O índice de ações S & P 500 é de 1,4%. Preocupações com o abastecimento nos mercados de commodities não foram isoladas para o setor agrícola do Brasil. Fornecimentos de gás natural, que é utilizado para aquecer e gerar energia elétrica dos Estados Unidos, têm sido esticado por um inverno rigoroso e os preços da gasolina estão em alta de 10% este ano.

Fonte: CCCMG

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