São Paulo/SP – Animado com os resultados obtidos em 2006, quando o valor das exportações de café torrado/moído alcançou US$ 24,47 milhões (46% acima de 2005, que ficou em US$ 16,69 milhões), o setor torrefador prevê para 2007 um ano de excelente desempenho, podendo chegar à marca de US$ 32 milhões. A previsão é da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de café que realiza o PSI – Programa Setorial Integrado de Exportação de café Torrado e Moído em convênio com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos – APEX Brasil, do Ministério do Desenvolvimento.
Por meio do PSI APEX-Brasil, a ABIC vem estimulando a vocação exportadora das indústrias de café, e obtendo respostas positivas: comparando-se o resultado de 2006 ao de 2002, quando os negócios efetivamente começaram, a evolução foi de 504%. “Em cinco anos o Brasil, que era conhecido mundialmente por ser o maior exportador mundial de café verde, in natura, e um tradicional exportador de café solúvel, agora também começa a ser reconhecido por seus cafés industrializados”, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da ABIC e gestor do programa.ResultadosAs exportações brasileiras de café industrializado estão tendo maior sucesso em mercados e segmentos que demandam cafés de alta qualidade, e que pagam maior valor unitário. “O preço médio do café exportado em 2006 foi de US$ 4,55/kg, contra US$ 4,00/kg, em 2005, ou seja, um aumento de 14%”, diz Christian Santiago, coordenador executivo do programa.Os Estados Unidos continuam sendo o principal comprador, com 66% das exportações, e também o mercado com melhor preço médio, que foi de US$ 4,78 por quilo. O Mercosul em 2006 começou a se mostrar interessante para os empresários brasileiros, representando 5% dos embarques (US$ 1.140.224), a um preço médio de US$ 4,31 o quilo. O Brasil também exporta cafés industrializados para diversos países da Europa e Ásia.