santos: porto estabelece novo recorde na movimentação de conteineres

Por: Último Segundo

18/01 – 10:51 – Agência Safras


SAFRAS (18) – Os contêineres foram o principal destaque do Porto de Santos em novembro de 2006, com novos recordes de movimentação. O acumulado dos 11 meses do ano chegou a 24.


238.711 toneladas, 12,86% acima do verificado no mesmo período do ano anterior. O contêiner foi responsável por 34,70% do total de carga movimentada no porto em 2006, superior aos 32,44% de 2005. Mantida a média mensal, a carga conteinerizada deverá superar a meta de 25,559 milhões estimada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).


No total acumulado, foram 69.849.607 toneladas, 5,53% acima do verificado em 2005 e outro recorde estatístico. Destaque para as importações, cujo crescimento foi de 12,57% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações cresceram 2,57%. Somente em novembro, o porto movimentou 6.657.952 toneladas de carga, 35% acima do mesmo mês de 2005. As importações em novembro foram 54,91% superiores e as exportações cresceram 25,10% em relação ao mesmo mês de 2005.


Além do contêiner, destacaram-se o açúcar, café, gasolina, óleo combustível, trigo, gás liquefeito de petróleo e carvão. Entre janeiro e novembro de 2006, o Porto de Santos respondeu pela movimentação de 26,4% da balança comercial, que corresponde a 55,3 bilhões de dólares. A participação mais significativa foi na exportação, com 29,1% do total. Considerando-se o valor como critério, estão entre as cargas mais movimentadas o açúcar de cana, café, carnes, soja em grãos, automóveis, suco de laranja, álcool etílico e soja peletizada. Entre os principais países destacam-se, na ordem, os Estados Unidos, Argentina, Alemanha, México, Países Baixos (Holanda), China, Venezuela e Rússia.


Na importação, a participação do Porto de Santos nos 11 meses de 2006 atingiu 22,5%, ou 18,9 bilhões de dólares. Entre os produtos, por valor, destacaram-se partes e acessórios para tratores e veículos automóveis, trigo, peças para aviões ou helicópteros, hulha betuminosa, cloreto de potássio, borracha natural, peças de máquinas e aparelhos de terraplanagem, caixa de marchas para veículos automóveis, catodos de cobre, peças e acessórios de carroçarias para veículos automóveis etc. Entre os países que mais exportam pelo porto santista, ainda por valor, estão os Estados Unidos, Alemanha, China, Japão, Itália, França, Argentina, Espanha, Suécia, Reino Unido e Suíça. Um total de 212.251 veículos foram exportados pelo porto santista entre janeiro e novembro de 2006, marca 15,50% acima do verificado no mesmo período do ano anterior. Com o resultado apresentado, o volume exportado em 2006 é o segundo dos últimos 5 anos, superado apenas pela movimentação dos 11 meses de 2004, 216.999 veículos. O total de veículos que passaram pelo Porto de Santos (exportações importações), 216.564 unidades, foi 14,46% maior que o volume registrado no mesmo período de 2005, também segunda marca dos últimos 5 anos, perdendo para 2004, quando o total chegou a 224.585 veículos. AÇÚCAR A movimentação de açúcar dos 11 meses de 2006 já supera as 10 milhões de toneladas estimadas pela Codesp para o exercício. Foram 10.089.758 toneladas entre janeiro e novembro, 9,35% mais que 2005, quando o porto atingiu 9.226.975 toneladas. O movimento mensal, com 895.779 toneladas, ficou 44,35% acima de novembro do ano anterior. Segundo expectativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2006/2007 está estimada em 475,7 milhões de toneladas, 10% acima da safra anterior, aumento estimulado, principalmente, pelos investimentos em tecnologia, ganhos de produtividade e surgimento de novas usinas. De acordo com dados veiculados na imprensa, somente o Grupo Cosan, um dos principais exportadores de açúcar do mundo, encerrou a colheita de suas 17 usinas totalizando moagem de 36,5 milhões de cana na safra 2006/2007, 30,3% mais que a anterior, quando o volume chegou a 28 milhões. Para a próxima safra (2007/2008), a expectativa do Grupo é moer em torno de 38 milhões de toneladas.


Ainda de acordo com a Conab, a cana aumentou de 5,840 milhões de hectares de área plantada na safra 2005/2006 para 6,189 milhões em 2006/2007. A produtividade (quilogramas produzidos por hectares) saltou de 73.868 kg em 2005/2006 para 76.871 na safra atual. Da produção total estimada, 475.725 milhões de toneladas, 86% correspondem à Região Centro-Sul, enquanto os outros 14% serão produzidos na Região Norte/Nordeste. A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única) informa que, atraídos pelos bons preços do produto, 77 novas usinas entraram em operação no país, somando-se às 347 existentes por ocasião da safra passada. CAFÉ Destaque também para o café, com 823.492 toneladas nos 11 meses de 2006, 27,54% acima do mesmo período do ano anterior. Em novembro do ano passado, passaram pelo Porto de Santos 89.964 toneladas de café em grãos, 26,54% mais que em novembro de 2005, com 71.098 toneladas. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café Verde do Brasil (Cecafé), o aumento do consumo elevou as cotações.


O Brasil exportou 2,717 milhões de sacas em novembro de 2006, 39,1% acima do mesmo período do ano anterior e segundo maior volume exportado nos últimos 16 anos (o recorde é de outubro de 2002, com 2.848 milhões de sacas). Ainda de acordo com o Cecafé, a maior parte do café vendido em novembro foi do tipo arábica, com 2,469 milhões de sacas e os principais destinos do produto brasileiro foram a Alemanha (principal importador), seguido dos Estados Unidos, Itália e Japão. A Organização Internacional do Café informa que o maior exportador mundial é o Brasil, com 39% do mercado mundial e o Porto de Santos lidera os embarques, superando Rio de Janeiro e Sepetiba, ambos no Estado do Rio de Janeiro. LIQUIDOS Entre os graneis líquidos com crescimento mais significativo está o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que atingiu 100.204 toneladas do produto somente em novembro, 629,98% acima do mesmo mês de 2005. No acumulado, o crescimento chegou a 60,62%, com 493.350 toneladas movimentadas nos 11 meses do ano passado, contra 307.160 toneladas do mesmo período do ano anterior. No caso do GLP, o mercado interno é atendido pela produção nacional, entretanto, quando há um aumento do consumo, as importações crescem. Segundo a Petrobras, deverá ocorrer um crescimento significativo nos próximos anos. Outros produtos, como gasolina, óleo combustível e petróleo também apresentaram crescimento. A gasolina respondeu por uma movimentação de 81.007 toneladas em novembro de 2006, 72,51% acima de novembro de 2005. No acumulado dos 11 meses do ano passado, foram 719.491 toneladas, 26,97% mais em relação ao mesmo período de 2005. Incremento expressivo aconteceu no óleo combustível, com 114.928 toneladas no penúltimo mês de 2006, 189,40% acima de novembro de 2005.


No acumulado janeiro-novembro de 2006, 2.334.198 toneladas, 4,56% mais que os 11 meses de 2005.


Em 2006 ocorreu uma situação peculiar com relação ao petróleo, que registrou apenas 310 toneladas do produto no acumulado dos 11 meses em 2005. No ano passado, ao contrário, a movimentação verificada chegou a 557.252 toneladas.


Segundo a Transpetro, o ocorrido se deve a uma questão de logística da Petrobras. Quando o oleoduto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo encontra-se em manutenção, há um aumento da movimentação através de Santos. TRIGO A movimentação acumulada de trigo em 2006 chegou a 1.334.692 toneladas, 18,14% superior aos 11 meses do ano anterior. No comparativo entre os meses de novembro de 2006 e 2005, o aumento foi de 217,88%. No ano passado foram movimentadas 134.275 toneladas, enquanto em 2005 o volume ficou em 42.241 toneladas. A expectativa da Codesp é fechar 2006 com 1.394.736 toneladas, um acréscimo de 12,4% em relação ao exercício anterior. Para 2007, a perspectiva de aumento é 26%, ou 1,757 milhão de toneladas.


Segundo a Conab, a área cultivada foi de 1,8 milhões de hectares, inferior à safra passada em 25,8%, redução provocada pelos baixos preços do produto no mercado internacional e pelas condições climáticas desfavoráveis. As condições adversas reduziram a produtividade da safra em 38,2% em relação à safra passada.


Com a redução de 25,8% na área plantada e 38,2% na produtividade, a produção ficou em 2,2 milhões de toneladas, menor em 54,2% comparado à safra anterior.


Com a queda, aumenta a necessidade de importação para suprir o mercado interno.


(DP)

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