ECONOMIA
08/09/2007
Diná Sanchotene
dsanchotene@redegazeta.com.br
A colheita da safra de café conilon no Espírito Santo bateu recorde em 2007: 7,5 milhões de sacas. Para se ter uma idéia, a safra brasileira ficou em torno de 10 milhões de sacas. O Estado é o maior produtor nacional desse tipo de cultura, com 75% da colheita. Já a safra do café arábica foi de 2 milhões de sacas.
Segundo o diretor presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Enio Bergoli, o resultado foi motivado pela evolução tecnológica desenvolvida pelo órgão há vários anos e aplicada pelos produtores do Estado. Essa evolução foi feita com novas variedades da cultura, podas, irrigação, entre outros.
“Um dos maiores avanços mundiais do café conilon ocorreu no Espírito Santo. Nos últimos 14 anos, a produtividade cresceu 178% e a produção, 213%, enquanto o crescimento da área cultivada foi de 11%”, ressaltou Bergoli.
De acordo com dados do Incaper, cerca de 105 mil hectares sofreram renovação na base tecnológica, ou seja, um terço da área cultivada no Estado. Conforme o diretor presidente, a medida que o produtor foi se renovando, mais competitivo ele se torna. As lavouras renovadas representam 60% do total de sacas colhidas, ou seja, 4,5 milhões.
O próximo desafio para o conilon capixaba nos próximos anos é conquistar o mercado da China.
A cafeicultura é a atividade social e econômica mais importante para o Estado. Em 2006, a cultura do café foi responsável por 42% da renda rural capixaba, sendo 32% devida ao conilon e 10% ao arábica. Além disso, o café conilon está presente em 64 dos 78 municípios do Estado.