17/07/2015
SÃO PAULO (Reuters) – Exportadores brasileiros têm reportado que as amostras da colheita de café do Brasil estão muito similares às registradas no ano passado, quando a área produtora foi em geral atingida por uma severa seca. Os grãos estão pequenos, mas de boa qualidade.
O Brasil passou da metade da colheita deste ano, mas as primeiras amostras de café arábica só estão chegando agora às salas de prova nos portos e armazéns, após secagem nas últimas semanas.
“Café arábica de peneira 17-18 ou maior está correspondendo a apenas 20 por cento da colheita. Normalmente, corresponde a 30 por cento. A qualidade dos grãos é boa, eles só estão menores”, disse Cesar Marques, operador sênior da Exportadora de Café Guaxupé, nesta quinta-feira.
A diferença entre lances e ofertas cresceu de 400/430 reais por uma saca de café arábica bebida dura, tipo 6, versus 390/400 reais a saca na segunda-feira e 410/430 reais apenas uma semana atrás, disseram os corretores do Escritório Carvalhaes
Daniel Wolthers, um operador da Wolthers & Associates no porto de Santos, disse que a demanda permanece fraca, enquanto os descontos de arábicas de referência firmaram-se a 4 centavos abaixo do contrato futuro para setembro, na bolsa ICE, em Nova York, ante dez centavos abaixo uma semana atrás.
Wolthers também reportou que as primeiras amostras da colheita tiveram boa nota nos testes de sabor, após percorrer as regiões produtoras de arábica do Cerrado e do Sul de Minas, em Minas Gerais, e as regiões produtoras de robusta no Espírito Santo.
(Por Reese Ewing)
Fonte: Reuters