Safra mundial de café terá maior alta em quatro anos

A produção mundial de café crescerá 9,7% (a maior alta dos últimos quatro anos) no ano-safra que se inicia em 1º de outubro próximo em relação ao período anterior. O total a ser produzido deverá atingir 123,6 milhões de sacas. O responsável por essa elevação será o Brasil, informou o Usda (Departamento da Agricultura dos Estados Unidos).

A safra de café do Brasil, o maior produtor mundial da commodity, registrará crescimento de quase 25%, passando para 44,8 milhões de sacas (60 quilos), disse o Usda em sua primeira estimativa referente à produção mundial para o ano-safra que se iniciará. A maior produção já registrada pelo Brasil foi no ano-safra iniciado em 2002, quando o país colheu o equivalente a 53,6 milhões de sacas de café e fez a produção mundial subir para o total recorde de 126,8 milhões de sacas, segundo o Usda.

Essa produção excessiva gerou queda acentuada nos preços do grão. A safra de café do Vietnã, o segundo maior produtor mundial, aumentará 13%, passando para 13,9 milhões de sacas, informou o Usda. Já a Colômbia, o terceiro maior produtor mundial, colherá o equivalente a 11,6 milhões de sacas, comparativamente aos 11,55 milhões de sacas do ano-safra anterior, informou o órgão de agricultura do governo dos Estados Unidos. Produção menor: Os dados divulgados pelo órgão norte-americano estão superavaliados em relação aos previstos pelo governo brasileiro.

O segundo levantamento de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgão do Ministério da Agricultura, prevê safra de 40,6 milhões de sacas para 2006/7. Os dados divulgados na sexta-feira pelo Usda são próximos dos da primeira estimativa da Conab, feita em dezembro. Naquele mês, o órgão brasileiro previa, na melhor das hipóteses, safra de 43,6 milhões, dado posteriormente revisado devido a problemas climáticos. Os contratos futuros de café para entrega em setembro recuaram US$ 5 ontem, ou 0,44%, passando a US$ 1.133 por tonelada na Bolsa de Londres. Em Nova York, o primeiro contrato futuro foi negociado com alta de 0,78%.


Fonte: Folha de São Paulo / Agrolink

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