A confirmação por parte da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, da queda na safra 2021/22, divulgada na semana passada, reforça a preocupação do setor na formação de custo e preços ao consumidor.
Sindicato das Indústrias de café do Estado de São Paulo tem alertado seus associados para a necessidade de extrema cautela na formação dos preços ao varejo, visto que está ocorrendo uma grande variação dos valores de custos.
A confirmação por parte da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, da queda na safra 2021/22, divulgada na semana passada, reforça a preocupação do setor na formação de custo e preços ao consumidor. Conforme divulgado, a falta de chuvas e a bienalidade negativa pesarão no resultado desse ciclo. A produção total estimada fica entre 43,8 milhões de sacas (volume 30,5% menor em comparação a safra 2020/21) e 49,5 milhões de sacas (recuo de 21,4%).
Os dados informados sobre a safra soma-se ao aumento de outros insumos que pesam na formação do valor final ao consumidor, como energia elétrica, combustível e mesmo a alta volatilidade do dólar, que acendem uma luz vermelha na indústria de torrefação e moagem de café, para que não fiquem defasados nos seus preços finais.
Para Nathan Herzkowicz, presidente executivo do Sindicafe, o momento é crítico e o industrial deve ficar muito atento aos sinais do mercado, como cotações, estoques e custos dos insumos. “Naturalmente, qualquer aumento do valor ao consumidor final tem que ser baseado na realidade do mercado. Os preços ao consumidor, no caso do café torrado, comparado à inflação, estão bem defasados”, afirma Nathan.