ECONOMIA – 13/02/2008
Agricultores estimam uma produção de 4,6 milhões de toneladas
Adriana Patrocínio
A produção agrícola no oeste baiano deve registrar um incremento de 5% este ano, totalizando cerca de 4,6 milhões de toneladas. Esta é a terceira estimativa de safra realizada pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Em relação à área, o crescimento gira em torno de 4,5%. Apesar da estiagem, que afetou a região no mês de janeiro, o desempenho até agora é considerado bom, com exceção do milho, que deve perder produtividade. A depender do clima, a soja e o algodão ainda podem sofrer variações.
“O desempenho está sendo avaliado como bastante satisfatório, especialmente em relação à soja e ao algodão. E caso o milho não estivesse em baixa, pelas nossas estimativas iniciais, de 110 sacas por hectare, o incremento na produção chegaria a 7,5%”, comenta o diretor-executivo da Aiba, Alex Rasia. A estimativa de produção do milho foi revisada para cem sacas/hectare.
Detentora da maior área cultivada do Oeste, a soja não foi afetada pela estiagem de janeiro. Técnicos estimam que, caso as chuvas continuem em condições normais, os resultados finais sejam superiores aos 2,7 mil quilos por hectare projetados atualmente. Esta expectativa otimista em relação à soja provocou a antecipação da próxima reunião do Conselho Técnico, da segunda quinzena de março para o final de fevereiro, quando será possível uma previsão mais consistente.
Já a área cultivada com algodão ficou próxima do estimado nos levantamentos anteriores. De acordo com a Associação Baiana dos Produtores (Abapa), foram plantados 299 mil hectares, o que representa um crescimento de 8% em relação ao ano passado. A expectativa de produtividade está mantida em torno de 260 arrobas por hectare.
Para o café há uma previsão de 45,9 sacas para cada um dos 12,6 mil hectares de área produtiva. As lavouras em formação somam 1,5 mil hectares, e as em poda mil hectares, totalizando 15 mil hectares. Em 2008, foram suprimidos 112 hectares de lavoura de café.
Na matriz elaborada durante a reunião do Conselho Técnico da Aiba foi inserida a área cultivada com eucalipto que, segundo levantamento efetuado pelo departamento de agronegócios da Aiba, já ultrapassa 30 mil hectares.