09-02-2006 | ||||
O bom momento da cafeicultura regional é fruto da convergência de três fatores, o ano de safra mais produtiva, a recapitalização do produtor nos últimos anos e o pico da renovação da lavoura, trazendo maior produtividade. Dos 5.000 hectares de café plantado na região de Marília, 1.400 são abrangidos pela cooperativa, que recebe o grão em coco do produtor e o beneficia para comercialização nacional e internacional. Segundo o engenheiro agrônomo e chefe do departamento técnico da Coopemar, Aurélio Giroto, a cafeicultura regional não expandiu sua área de plantio em cinco anos, mas deixou de retrair e só agora vem revertendo o quadro com ganho em produtividade. “Depois de longo período de baixa rentabilidade da cultura cafeeira, o setor aproveitou a queda na oferta e melhora no preço para ganhar em produtividade e não em produção.” Desde que o preço melhorou e retomou a rentabilidade, em 2002, o cafeicultor deixou de aumentar área de plantio e começou a renovar sua lavoura. “O resultado começa a ser sentido na colheita deste ano, com reflexo imediato na produtividade por hectare plantado.” O produtor este ano vai colher em média 30/40 sacas beneficiadas por hectare. Até o ano passado, esta média era de 15/18 sacas por hectare. “Esta é uma média, mas mesmo assim elevada para a grande maioria dos produtores.” A produtividade deste ano também é resultado de uma melhora no trato da planta. “O produtor começou a se capitalizar desde 2002, melhorando o gasto com adubo e tratamento da terra, o que reflete diretamente na maior quantidade de grãos por pés.” Com produção maior e o preço em alta, a cooperativa acredita que a tendência é de melhora econômica do setor para os próximos anos. “O preço da saca continua bom, estava melhor, mas deve aumentar um pouco mais até o pico da colheita.” A saca esta semana estava em torno de R$ 270,00. A colheita começa em março e vai até agosto. |