Em alguns casos, a venda doproduto não cobre os custos de produção
A primeira estimativa da safra de cafépara o ano de 2012 é bastante otimista. Os números que a Conab divulgou emjaneiro mostram um crescimento de, no mínimo, 12,6% e, no máximo, 20,2% novolume da colheita em relação a 2011. No ano passado, o montante chegou a 43,48milhões de sacas. Já para este ano, estima-se que o número fique entre 48,97milhões e 52,27 milhões de sacas beneficiadas.
Para o presidente da Comissão Técnicade Café da Faes – Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo,José Umbelino de Castro, o aumento na produção não significa melhora nasituação dos produtores do Espírito Santo. “O que o produtor recebe aquinão é o suficiente. O nosso café não é classificado, então o valor de venda émuito prejudicado”, afirma Umbelino de Castro.
Outro fator que causa preocupação noscafeicultores é o custo da mão de obra. “Com o aumento do salário mínimopara R$ 622, a colheita vai ficar mais cara e isso obviamente não é bom para oprodutor, já que o valor que recebemos pela produção é bem defasado”,declara.
De acordo com José Umbelino, osprodutores chegam a trabalhar no vermelho. “Muitas vezes o que recebemospelo café não chega nem a cobrir o custo de produção”, lamenta. Apesardisso, o presidente da Comissão Técnica de Café da Faes espera que os próximosanos sejam positivos para o setor devido aumento na exportação. “Assafras de alguns países da América Central e, principalmente, da Colômbia estãopassando por problemas de ordem climática. Com isso, deve haver um aumentoconsiderável na demanda”, finaliza Umbelino.