A safra 2015 de café em Mato Grosso, apesar de pequena, fechou com queda de 22,9% em relação ao volume de sacas beneficiadas em 2014. A retração foi de 165,8 mil sacas para 127,9 mil sacas entre café arábica e conilon. A falta de incentivos para o desenvolvimento da cafeicultura no estado é o principal fator para a baixa produção.
Os números constam no quarto acompanhamento de safra do café divulgado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), consolidando os números apresentados em meados de setembro.
A área destinada ao café em Mato Grosso subiu de 20,115 mil hectares para 20,189 mil hectares, porém não foi o suficiente para elevar a produtividade. Segundo a Conab, a produtividade caiu de 8,24 sacas por hectare para 6,34 sacas por hectare.
No Brasil foram beneficiadas 43,235 milhões de sacas de café, 5,3% a menos que as 45,639 sacas do ano passado. Minas Gerais lideram com uma produção de 22,302 milhões de sacas, seguida do Espírito Santo com 10,700 milhões de sacas.
Como o Agro Olhar comentou, a cafeicultura em Mato Grosso só não é mais forte visto a falta de incentivos e financiamento para a atividade.
Em Mato Grosso a produção de café conilon prevalece com 126,2 mil sacas beneficiadas, enquanto o arábica 1,7 mil sacas.
Em meados de setembro a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf-MT) anunciou investimentos de aproximadamente R$ 5 milhões na região Noroeste de Mato Grosso mais conhecida como ‘Rota do Café’, onde estão localizados os municípios de Colniza, Cotriguaçu, Nova Bandeirantes, Alta Floresta e Rondolândia com alta produção de grãos e potencial de crescimento da atividade. Com o auxílio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Apoio e Extensão Rural (Empaer), o Governo do Estado pretende elaborar um projeto que visa o incentivo da cafeicultura em Mato Grosso em propriedades de pequenos produtores. Projeto em elaboração prevê investimentos de R$ 1 milhão em cada um destes cinco municípios.
Fonte: Cenário MT