Safra de café do Vietnã deve crescer 17% em 2008/09, estima USDA

21 de novembro de 2008 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Agencia Estado

São Paulo, 20 – A safra de café do Vietnã, principal produtor mundial da variedade robusta, deve apresentar elevação de 17% na safra 2008/09 em relação ao período anterior, para 21,5 milhões de sacas. Os dados são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). O aumento da produção leva em conta uma pequena elevação na área de plantio, assim como melhores condições climáticas e de produtividade.

A produção do Vietnã na safra 2007/08 está estimada em 18,33 milhões de sacas, o que representa queda de 13,7% em relação ao ano agrícola anterior, mas elevação de 5% sobre a estimativa anterior do USDA.


Mesmo com uma redução de 10% no volume de exportação em 2007/2008, o Vietnã continua como principal exportador de robusta. Segundo o USDA, este ano os exportadores vietnamitas devem alcançar pela primeira fez receita cambial pouco superior a US$ 2 bilhões. O aumento de cerca de 20% na receita deve-se, em grande parte, ao aumento do preço do produto no mercado internacional.


A crise financeira internacional, no entanto, provoca uma retração das cotações, embora a Organização Internacional do Café (OIC) considere que o balanço entre oferta e demanda continua inalterado. Os efeitos da queda dos preços já são sentidos pelos produtores vietnamitas, segundo o USDA, que começam a segurar estoques.


Colômbia


A produção de café da Colômbia em 2009 deve apresentar queda de 142 mil sacas de 60 quilos, para 12,2 milhões de sacas, segundo avaliação do USDA. As perdas devem ser provocadas pelas fortes chuvas que ocorreram na região produtora de café daquele país nos primeiros meses deste ano, cujo nível foi 48% mais elevado do que a media histórica.


Em relatório, o USDA informa que os produtores de café da Colômbia não se beneficiaram da alta dos preços internacionais do café em 2007 e início deste ano. Isso porque a moeda local (peso) foi se apreciando em relação ao dólar, anulando os ganhos da alta do café. Para apoiar os produtores, o governo da Colômbia fixou preço mínimo de garantia, relata o USDA. Mesmo a crise financeira internacional não deve prejudicar os cafeicultores. No entanto, a baixa disponibilidade de crédito pode trazer conseqüências negativas para a qualidade dos grãos. Os produtores tendem a investir menos em insumos para as lavouras, por causa da escassez de dinheiro em caixa.


Segundo o USDA, a exportação de café pela Colômbia deve registrar queda de 274 mil sacas em 2009, para 11,5 milhões de sacas. O volume de exportação segue de perto o resultado da produção, pois não há incentivo para formação de estoques.


O USDA acrescenta que a Colômbia tem se tornado importador regular de café de baixa qualidade, principalmente do Equador e do Peru, o qual é processado para consumo local. Em 2009, os colombianos devem importar cerca de 400 mil sacas, quase o mesmo volume de 2008. O USDA pondera, no entanto, que a Colômbia tem promovido a produção de cafés especiais, num esforço para obter melhores preços do consumidor final do exterior, que podem ser transferidos diretamente para os produtores.


Estima-se que na safra 2007/08 cerca de 1,2 milhão de sacas de café da Colômbia foram exportadas com maior valor agregado. Esta categoria inclui cafés orgânicos, café sustentável, fair trade, entre outros, que recebem um prêmio em relação ao preço do mercado internacional. (Tomas Okuda)


 


 

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