A exportadora Comexim estima que a safra 2019/20 de café no Brasil será de 58,2 milhões de sacas de 60 kg, das quais 38,4 milhões de sacas de arábica e 19,8 milhões de sacas de conilon (robusta).
São Paulo, 14 – Trata-se de uma queda de 7,69% ante a estimativa da própria Comexim para a safra anterior, que totalizou 63,05 milhões de sacas, uma safra recorde, principalmente por causa do clima favorável. A safra menor é natural em virtude da característica bianual do café arábica. “Entrar no ciclo 2019/20 será desafiador para produtores, já que será um ‘off-year’, portanto, aumentando os custos de produção”, informa o relatório, assinado por Rodrigo Costa e Sergio Hazan.
As reduções virão principalmente da Zona da Mata (de 8,5 milhões para 5,5 milhões de sacas) e Espírito Santo (4 milhões para 3 milhões de sacas). São projetadas também quedas na produção no sul de Minas Gerais, no Cerrado e em São Paulo.
O relatório mostra, ainda, que os preços do conilon “devem estar no radar de todos”, pois podem ser afetados por mais perdas na ICE Futures Europe.
Segundo a Comexim, as exportações totais brasileiras de julho/2019 a junho/2020 devem ser de 36 milhões de sacas, uma queda de 9,64% ante julho/2018 a junho/2019. Já o consumo interno no País deve crescer: de 21,5 milhões de sacas para 22 milhões de sacas (+2,32%).
O estoques de passagem também devem aumentar, para 4,155 milhões de sacas, ante 3,955 milhões de sacas da temporada anterior.
Fonte: Q10/Estadão Conteúdo