Safra 30% maior anima cafeicultores no cerrado mineiro

O clima favoreceu a florada dos cafezais e foi importante para o desenvolvimento da planta, que contou com chuva bem distribuída na região

17 de novembro de 2016 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Henrique Bighetti

17 nov 2016  A produção de café no Cerrado mineiro cresceu mais de 30% na safra 2016 e a qualidade do grão animou os agricultores, que aumentaram as vendas do produto para o exterior. No início da safra, o clima favoreceu a florada dos cafezais e foi importante para o desenvolvimento da planta e, apesar das altas temperaturas ao longo do ciclo produtivo, a chuva foi bem distribuída e favoreceu a formação e o enchimento dos grãos.


“Em setembro, nós tivemos chuvas que anteciparam a florada em 20 dias, o que não é normal. Em outubro, no entanto, o índice de chuvas foi menor, mas em novembro, dezembro e janeiro choveu muito bem e atenuou o problema”, disse o engenheiro agrônomo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Gustavo Guimarães.


Já no período da colheita, entre os meses de junho e agosto, as temperaturas foram menores e o volume de chuvas também, o que favoreceu a qualidade dos grãos. “Na colheita a gente prioriza temperaturas abaixo de 19°C, e isso aconteceu aqui na região. Nós tivemos, relativamente, pouca chuva: em junho tivemos uma média de 30 milímetros, mas não foi suficiente para afetar qualidade ou derrubar o grão”, completou Guimarães.


A qualidade da safra foi um dos pontos mais comemorados pelo setor, tanto que os lotes de padrão mais elevado foram, inclusive, premiados pela federação dos cafeicultores.


“O que nós percebemos nos melhores cafés da safra 2016 no Cerrado foi um ganho em diversidade, complexidade e percebe-se que não são comuns de ocorrer na média dos cafés do Cerrado. Isso colocou esses cafés no patamar de cafés especiais, diferenciados e apreciados no mundo todo”, avaliou o especialista em cafés de qualidade Flávio Meira Borem.


Segundo o especialista, a qualidade não é reflexo apenas do clima e sim de uma soma de fatores, como o genótipo, a tecnologia para o processamento, a secagem e o armazenamento. Com todo esse trabalho envolvido, o café da região está ganhando o mundo em países como Austrália, Estados Unidos e Alemanha “O café daqui tem muita doçura, acidez e a característica do bioma do Cerrado e que faz ele ser tão demandado no mundo tudo, disse a gerente de operações do programa Nucoffe, Romerta Armentano.


Fonte : Canal Rural

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