São Paulo, 9 de Março de 2007 – Vendas antecipadas e planos de retenção dos estoques também contribuíram para valorizar produto. O café brasileiro se valorizou no mercado internacional nos últimos anos graças ao ganho de qualidade e novas estratégias dos produtores, como a comercialização escalonada, como vendas antecipadas ou retenção em períodos de safra. Outro motivo é o reajuste de preço para compensar a valorização do real frente ao dólar.
O café nacional subiu nos últimos seis de forma mais significativa do que o colombiano, considerado produtor de café de melhor qualidade do mundo. Levantamento da Safras & Mercado, realizado com exclusividade para este jornal, mostra que entre 2000 e 2006 o preço do café do Brasil subiu 30,1%, enquanto o da Colômbia, apenas 13,84%.
Com essa valorização, o estudo baseado em dados da Organização Internacional do Café (OIC) mostra que a diferença de preço entre o café brasileiro e colombiano caiu pela metade nos últimos seis anos, de 28,4% para 12,3%. A média anual do preço do café colombiano era de 102,60 centavos de dólar por libra-peso em 2000, ao passo que o brasileiro era de 79,86, com uma diferença de 28,4%. Já no ano passado, a disparidade caiu para 12,3%, com preços respectivos de 116,80 e 103,92 de centavos de dólar por libra-peso.
Para o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, a redução da diferença de preço do café entre os dois países caiu porque nos últimos anos o produtor decidiu escalonar a comercialização do café para conseguir uma remuneração melhor em relação aos concorrentes. “Ele retarda a venda para vender na entressafra ou vende antecipadamente por meio de CPR (Cédula de Produto Rural Financeira). Essa estratégia faz com que o café brasileiro se valorize lá fora’’, acrescenta
O cafeicultor está preocupado em melhorar a qualidade do café. O café de alta qualidade garante uma remuneração de pelo menos 20% mais que os convencionais.
A valorização do café brasileiro, na opinião do assessor técnico do Conselho Nacional do Café (CNC), que representa as cooperativas, Jaime Payne, se deve a um conjunto de medidas. Entre elas, a valorização do real frente o dólar, a partir de 2003, fator que fez o mercado reajustar o preço, de forma a compensar a perda cambial para incentivar o produtor a desovar a produção.
“O produtor ao receber menos ele retém a venda’’, disse o assessor. Payne acrescenta que o Brasil melhorou muito a competitividade em relação à Colômbia. “Hoje o País compete com a Colômbia com produtos (mais elaborados) através do desenvolvimento tecnológico, que antes não produzia’’, disse. Payne se refere às cerejas descascadas, que tem grande procura pelas principais redes, com a italiana Illycaffé. O Brasil responde por 50% da produção anual da Illycaffé. Para o assessor do CNC, a tendência é do café brasileiro é de valorização, aumento dos cafés certificados e rastreados por conta das exigências internacionais.
O analista da Safra & Mercado disse que a qualidade do café brasileiro ainda é um gargalo a ser vencido na cafeicultura. “O produtor já está percebendo que precisa investir na qualidade. Este é um processo que está começando e exige um esforço muito grande’’, enfatiza Barabach.
Gabriel Bartholo, gerente geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma que a qualidade do café brasileiro melhora constantemente devido a exigência do mercado. O número de propriedades certificadas para a produção de café aumentam 15% ao ano, diz. Hoje o Brasil investe cerca de R$ 8 milhões no desenvolvimento do seu café.
(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 7)(Viviane Monteiro)
Publicação: 09/03/07
Vendas antecipadas e planos de retenção dos estoques também contribuíram para valorizar produto. O café brasileiro se valorizou no mercado internacional nos últimos anos graças ao ganho de qualidade e novas estratégias dos produtores, como a comercialização escalonada, como vendas antecipadas ou retenção em períodos de safra. Outro motivo é o reajuste de preço para compensar a valorização do real frente ao dólar.
O café nacional subiu nos últimos seis de forma mais significativa do que o colombiano, considerado produtor de café de melhor qualidade do mundo. Levantamento da Safras & Mercado, realizado com exclusividade para este jornal, mostra que entre 2000 e 2006 o preço do café do Brasil subiu 30,1%, enquanto o da Colômbia, apenas 13,84%.
Com essa valorização, o estudo baseado em dados da Organização Internacional do Café (OIC) mostra que a diferença de preço entre o café brasileiro e colombiano caiu pela metade nos últimos seis anos, de 28,4% para 12,3%. A média anual do preço do café colombiano era de 102,60 centavos de dólar por libra-peso em 2000, ao passo que o brasileiro era de 79,86, com uma diferença de 28,4%. Já no ano passado, a disparidade caiu para 12,3%, com preços respectivos de 116,80 e 103,92 de centavos de dólar por libra-peso. Para o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, a redução da diferença de preço do café entre os dois países caiu porque nos últimos anos o produtor decidiu escalonar a comercialização do café para conseguir uma remuneração melhor em relação aos concorrentes. “Ele retarda a venda para vender na entressafra ou vende antecipadamente por meio de CPR (Cédula de Produto Rural Financeira). Essa estratégia faz com que o café brasileiro se valorize lá fora”, acrescenta
O cafeicultor está preocupado em melhorar a qualidade do café. O café de alta qualidade garante uma remuneração de pelo menos 20% mais que os convencionais.
A valorização do café brasileiro, na opinião do assessor técnico do Conselho Nacional do Café (CNC), que representa as cooperativas, Jaime Payne, se deve a um conjunto de medidas. Entre elas, a valorização do real frente o dólar, a partir de 2003, fator que fez o mercado reajustar o preço, de forma a compensar a perda cambial para incentivar o produtor a desovar a produção.
“O produtor ao receber menos ele retém a venda”, disse o assessor. Payne acrescenta que o Brasil melhorou muito a competitividade em relação à Colômbia. “Hoje o País compete com a Colômbia com produtos (mais elaborados) através do desenvolvimento tecnológico, que antes não produzia”, disse. Payne se refere às cerejas descascadas, que tem grande procura pelas principais redes, com a italiana Illycaffé. O Brasil responde por 50% da produção anual da Illycaffé. Para o assessor do CNC, a tendência é do café brasileiro é de valorização, aumento dos cafés certificados e rastreados por conta das exigências internacionais.
O analista da Safra & Mercado disse que a qualidade do café brasileiro ainda é um gargalo a ser vencido na cafeicultura. “O produtor já está percebendo que precisa investir na qualidade. Este é um processo que está começando e exige um esforço muito grande”, enfatiza Barabach.
Gabriel Bartholo, gerente geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma que a qualidade do café brasileiro melhora constantemente devido a exigência do mercado. O número de propriedades certificadas para a produção de café aumentam 15% ao ano, diz. Hoje o Brasil investe cerca de R$ 8 milhões no desenvolvimento do seu café.