A Secretaria de Desenvolvimento de Rondônia – SEDES, confirmou que estado já responde por 4,5% de todo o café plantado e colhido no país. A expansão seria resultado direto do desempenho do Programa de Mecanização Agrícola (Promec), em parceria com a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), de incentivo à aplicação de tecnologia, principalmente na agricultura familiar, de forma sustentável.
Em março, o Governo de Rondônia destacou que as estatísticas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2006 a 2009, “demonstram o bom desempenho da agricultura rondoniense”. Mesmo com a redução da área plantada, de 162.328 ha, em 2006, para 157.921, em 2008, a produção de café no estado teve crescimento de 88.636 t para 112.555 toneladas, um crescimento de cerca de aproximadamente 30%. Para este ano, a expectativa de safra é de 114.305 toneladas, o que refletirá em maior renda para os produtores do grão, principalmente na região de Cacoal, principal município produtor do estado.
Para se ter uma idéia, no país, de acordo com o levantamento de safra de 2009, realizado em junho último pela Cia. Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita de café será de 2.363.933 t (39,4 milhões de sacas, de 60 kg), contra 2.809.379 t (46,8 milhões de sacas) em 2008 – queda de 15,9%. A Conab apontou área cultivada de 2.390.438 hectares a ser colhida, 2.168.308 ha. O rendimento médio seria de 1.090 kg/ha (18,1 sacas/ha), uma queda de 13,8%, enquanto no estado de Rondônia todos os índices apontam crescimento.
Menor área plantada, maior renda e mais empregos
Segundo o secretário de Desenvolvimento, Marco Antonio Petisco, curiosamente a lavoura de café de Rondônia já foi maior. Em novembro de 2004, o IBGE colocava o estado 2º lugar em áreas destinadas ao cultivo de café conilon (tipo robusta), usado preferencialmente para os cafés solúveis. A lavoura cafeeira ocupava 222,9 mil ha, acima de São Paulo (213,4 mil ha) e Paraná (66,2 mil ha). Nos últimos anos a área de plantio do café no estado foi reduzida, substituída principalmente pela pecuária e plantio de frutas, mas mesmo assim, graças a programas do Governo do Estado, como o Promec, que constrói açudes para irrigação e terreiros para secagem dos grãos, e a distribuição gratuita de calcário, só para citar dois exemplos reais, a qualidade e a produtividade aumentaram, o que resultará em mais um recorde da safra de grãos.
Ao saber dos resultados o governador Ivo Cassol foi enfático em reafirmar o apoio do Governo do Estado ao pequeno produtor rural e à agroindústria, com incentivos fiscais e programas que atendem a realidade do homem do campo, refletindo no aumento da renda e na qualidade de vida. “Nossa administração sempre apoiou o homem do campo e a agroindústria. Programas como o Promec, o Inseminar e o Pró-Peixe confirmam que estamos no caminho certo, aumentando a produção agrícola e a renda do produtor, e os incentivos fiscais permitem que novas indústrias se instalem aqui, gerando emprego e renda para nossa gente”, declarou.