Rondônia é o terceiro maior produtor de café do país, segundo Conab

17 de dezembro de 2009 | Sem comentários Origens Cafeeiras Produção
Por: RONDO NOTÍCIAS - RO

17/12/2009 


Reuters  – A safra 2009/10 de café do Brasil deverá alcançar 39,5 milhões de sacas de 60 kg, previu nesta quarta-feira a CONAB (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO), que revisou para cima sua projeção para a temporada.


Em setembro, a CONAB havia estimado a safra de café do Brasil em 39 milhões de sacas. A colheita 09/10 já foi encerrada.



A safra do café robusta, ou conilon, respondeu por 26,9 por cento da colheita nacional, O Espírito Santo é o maior produtor dessa espécie, com 7,6 milhões de sacas, seguido por Rondônia (1,55 milhão) e Bahia (542 mil).


O robusta, diferentemente da arábica, não sofre com o fenômeno da bienalidade.


Os cafezais ocuparam uma área produtiva de 2,09 milhões de hectares, redução de 3,54 por cento ante a safra passada. Com isso, pelo menos 76,89 mil hectares deixaram de ser cultivados.


A pesquisa de campo da CONAB foi realizada no período de 23 de novembro a 4 de dezembro, nos principais Estados produtores.


Produção do café arábica


Em relação ao último ano de baixa do ciclo de produção do café arábica (2007/08), o Brasil elevou expressivamente a sua colheita em 09/10, também de bianualidade negativa. Em 07/08, o Brasil colheu 33,7 milhões de sacas.


“Comparando-se aos últimos dez anos, este é o melhor resultado alcançado entre os biênios de baixa”, destacou a CONAB em um relatório.


Na safra passada (08/09), ano de alta de produção do arábica, o Brasil produziu ao todo 46 milhões de sacas de café.


A produção de arábica em 09/10 foi estimada em 28,8 milhões de sacas, ante 28,4 milhões de sacas na previsão de setembro e contra 35,4 milhões de sacas em 08/09.


A produção do robusta do país em 09/10 foi mantida em 10,6 milhões de sacas, inalterada ante a previsão de setembro, mas isso representou uma queda em relação à temporada anterior, quando o Brasil colheu 11 milhões de sacas.


QUALIDADE INFERIOR


Embora o Brasil tenha colhido em 09/10 um volume maior do que costuma colher em anos de baixa do ciclo do arábica, a qualidade foi prejudicada pelas chuvas.


Contribuiu para este quadro, segundo a CONAB, o regime de chuvas irregulares –o inverno foi mais chuvoso que o normal– e as temperaturas elevadas.


“As altas precipitações pluviométricas dos últimos meses, coincidindo com as fases de maturação e colheita do grão, comprometeram os processos de colheita e secagem, resultando em um maior volume de café com qualidade inferior”, afirmou a estatal.


A produção do café arábica respondeu por 73,1 por cento da produção total do país. Minas Gerais segue como o principal Estado do Brasil, com 19,6 milhões de sacas, ou 68,08 por cento do total.

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