ROBUSTA CAI E CARREGA O ARÁBICA JUNTO Por Rodrigo Costa

17 de fevereiro de 2013 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Os principais índices de bolsa do mundo fecharam a semana com leve baixa, exceções entre elas o S&P500 que atingiu seu maior nível desde outubro de 2007.
 
A confirmação de retração da economia da zona do euro no quarto trimestre de 2012 não foi novidade, mas mesmo assim estancou a queda do índice do dólar.
 
Os índices das commodities caíram, sendo os maiores perdedores o gás natural, -3.85% e a prata, – 3.43%.
 
O café em Nova Iorque escorregou outros US$ 5.29 por saca, com a cotação de maio encerrando a US$ 140.20 centavos por libra peso (março entra em notificação na quarta-feira). Londres também perdeu força com baixa de US$ 6.07 por saca – talvez antecipando a volta do Vietnã ao mercado depois das comemorações do ano novo deles (Tet), ou em função dos commitments não ter mostrado um aumento das posições dos fundos de índice.
 
A nova baixa do arábica foi sem dúvida influenciada pelo robusta, fato que pode pressionar as cotações com a figura técnica mais fraca para o último.
 
No mercado físico os diferenciais ficaram mais firmes (ainda que nominalmente), e a curta semana para os brasileiros obviamente diminuiu o fluxo de negócios.
 
A percepção de alguns participantes é de que os países importadores têm uma cobertura razoável para os próximos dois meses, e muitos crêem que possa vir mais vendas com a proximidade da safra 13/14 do Brasil – minha opinião é que abre os diferenciais, não necessariamente forçará mais quedas do flat-price.
 
Um dos grandes torradores dos Estados Unidos anunciou que baixará o preço do seu produto nas prateleiras, repassando (não se sabe quanto ainda) o barateamento da commodity no mercado mundial.
 
Li um artigo nesta semana aonde um analista diz que os fundos de pensão estão desencantados com as commodities, assunto que dá um frio na espinha dos altistas. Imagina o estrago no mercado caso os tais fundos de índice resolvam tirar dinheiro destes ativos…
 
Os fundos (aqui os de investimento e não os de índice) voltaram a vender o contrato “C” e agora estão short (vendidos) 38,466 lotes. Na semana entre os dias 5 e 12 de fevereiro eles venderam 8,214 lotes e o mercado caiu US$ 3.85 centavos por libra-peso – a mola está bem pressionada!
 
Isto significa que o mercado não vai cair mais? Não, não significa, até porquê o robusta pode ceder e trazer Nova Iorque junto como escrevi acima. Mas acho que o risco-retorno de ficar vendido nos níveis atuais não justifica uma posição grande. Sem falar que em algum momento o mercado dará atenção para a perda de safra na América Central, que alguns dizem não ser pequena.
 
Segunda-feira a bolsa de Nova Iorque está fechada, feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos.
 
Uma ótima semana e bons negócios a todos.
 
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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