Robério Silva pode se eleger hoje na OIC como diretor-executivo

27 de setembro de 2011 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: DCI

São Paulo – O diretor do departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Robério Silva, pode se tornar hoje diretor da Organização internacional do Café. A eleição será realizada durante a 107ª sessão do Conselho Internacional do Café, em Londres. Robério Silva é o representante do Brasil na disputa e está entre os três principais candidatos ao cargo. Os outros dois países que buscam representação na direção da OIC são o México, com Rodolfo Taubert, e a Índia, com Krishna Rau. A última vez que um brasileiro dirigiu a OIC foi no período de 2000 a 2002, com Celsiu Lodder. Atualmente, o brasileiro José Sette dirige interinamente a entidade, depois da saída antecipada do colombiano Nestor Osório.


Se vencer, Robério Silva pretende promover a cooperação entre os membros da organização com foco no crescimento do setor cafeeiro mundial baseado nos três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Economista, Robério Silva já exerceu, por oito anos, o cargo de Secretário-Geral da Associação dos Países Produtores de Café, em Londres.


Em janeiro deste ano, Robério foi indicado pelo ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para representar o brasileiro na disputa pelo cargo de diretor executivo da OIC.


Para ele, é importante para a cafeicultura nacional um brasileiro na direção da OIC. ” É preciso dar ao Brasil a dimensão que ele merece, é necessário fazer o mesmo com esse cargo”, analisa. “É inquestionável que o Brasil é o principal agente representante da cafeicultura mundial, ele sendo o maior país produtor e exportador do produto.”


Para isso ser possível, o economista entende que é necessário recolocar a OIC em seu lugar por direito. “É preciso colocar a OIC no centro dos debates a respeito da cafeicultura, chamando produtores, indústria e toda a cadeia produtiva para debaterem juntos”, afirmou.


Na sua opinião, também é a oportunidade para reaproximar o produtor de café brasileiro da OIC. “É necessário criar mecanismos de diálogo permanente, ouvindo a todos os envolvidos”, acredita. “Esse diálogo tem que se estender aos governos dos países produtores com o principal objetivo de fazer com que o preço do café seja menos volátil”. Por outro lado, o Brasil também precisa, na visão de Robério, mudar sua forma de negociar o café. “É preciso criar novas formas de apresentar o café para o consumidor, é preciso fortalecer a questão de marketing sobre o produto.”


 


Eleição


O Conselho da OIC busca a eleição por consenso. Se não for possível, o candidato precisa de 70% dos votos dos países importadores e 70% dos países exportadores de Café que fazem parte da organização.

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