08/12/2009 – 09:20:03
Mercado físico registra cotações mais altas, seguindo Nova Iorque
O mercado físico brasileiro de café registrou preços mais altos nesta segunda-feira. As cotações subiram acompanhando a movimentação altista do café arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque e do robusta na Bolsa de Londres. Em Nova Iorque, os preços atingiram os níveis mais altos em 7 semanas. No Brasil, além do mercado apresentar cotações mais elevadas, também esteve mais negociado com a melhora nos preços ao produtor.
No Sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa esteve cotado a R$ 285,00/287,00 a saca, contra R$ 275,00/280,00 de sexta-feira. No Cerrado Mineiro, café bebida boa esteve com preço de R$ 287,00/290,00 a saca, contra R$ 275,00/280,00 de sexta-feira.
O café rio tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais teve cotação de R$ 200,00/205,00 por saca, contra R$ 195,00 de sexta-feira. Já o conillon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, foi cotado a R$ 170,00/172,00 a saca, contra R$ 170,00 de sexta-feira.
Nova Iorque
A Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da segunda-feira com preços acentuadamente mais altos. As cotações subiram quase 4% no dia, atingindo os níveis mais altos em sete semanas. Segundo corretores, o enfraquecimento do dólar contra outras moedas estimulou a movimentação altista, além da preocupação com o aperto na oferta mundial, com problemas na produção nos maiores produtores de arábica.
Compras por parte de fundos e de especuladores elevaram os preços diante do enfraquecimento da moeda americana. Além disso, o período agora é de maior consumo no Hemisfério Norte, com o inverno, e a oferta no mundo está apertada. A Colômbia vem de uma safra prejudicada pelo clima e renovação de cafezais e o Brasil colheu uma safra menor dentro da bienalidade da cultura, ambos tendo problemas com a menor oferta também de cafés de melhor qualidade com as condições climáticas desfavoráveis. Afora isso, a colheita na América Central está atrasada.
Os temores com a oferta restrita, sobretudo dos cafés de qualidade superior, são inegáveis, e o momento é de demanda dos grandes consumidores de países desenvolvidos do Hemisfério Norte, com a chegada das temperaturas mais baixas. As informações partem de agências internacionais de notícias.
Os contratos com entrega em março fecharam negociados a 146,60 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 5,25 centavos. A posição maio de 2010 fechou a 148,25 centavos, com elevação de 5,20 centavos.
BM&F
A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) para o café arábica fechou a sessão com preços acentuadamente mais altos. Foram 4.389 contratos negociados no pregão, com giro financeiro de R$ 132,06 milhões e são 17.249 contratos em aberto no momento.
Os contratos com entrega em dezembro/09 fecharam cotados a US$ 175,05 por saca de 60 kg, valorização de 2,46% na comparação com o pregão anterior. Os contratos com entrega em março/10 encerraram em US$ 177,25 por saca de 60 kg, valorização de 2,81% na comparação com o fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7190 na compra e R$ 1,7210 na venda,uma queda de 0,23% em comparação com último fechamento. Na quinta-feira, a divisa fechou em alta de 0,93%.
Após operar parte do dia em alta, a moeda estadunidense caiu refletindo declarações feitas pelo presidente do Federal Reserve, banco central americano. Ele aponta que a economia dos EUA segue melhorando, mas ainda tem um longo caminho de recuperação a percorrer – o que deve manter as taxas de juros inalteradas no país por mais tempo.