Representantes da cafeicultura se encontraram com o diretor executivo da OIC, Robério Silva, em Brasília (DF).

6 de dezembro de 2013 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Em reunião organizada pelo Conselho Nacional do Café (CNC), na quarta-feira, 4 de dezembro, os representantes do setor privado da cafeicultura se encontraram com o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva, em Brasília (DF).

 O dirigente da principal entidade mundial do setor fez uma análise do cenário atual, destacando o vigor do consumo em mercados emergentes, como a Coréia do Sul, que acabara de visitar, mas apontou que um problema para os preços é que houve o descolamento desse consumo com o volume da produção, em especial a do Brasil e a do Vietnã, que nos últimos anos elevaram suas colheitas. Ele também destacou o que vem sendo chamado de “renascimento do café” na África.

Segundo Robério, nove das 10 principais nações produtoras no continente estão investindo no aumento da produção cafeeira. Além disso, a Colômbia superou os problemas climáticos e fitossanitários, muito em função da renovação de seu parque cafeeiro, e os produtores obtiveram novos subsídios do governo nessa época de crise, o que mantém a disponibilidade mundial em níveis elevados. E esse é um problema sério, de acordo com o executivo da OIC, haja vista que se projeta que a cada 1 milhão de sacas a mais nos estoques mundiais, há queda de US$ 0,07 por libra peso na Bolsa de Nova York.

Analisando esse cenário e ainda mencionando o aumento do conilon nos blends, Robério acredita que essa crise não seja de curto prazo no mercado internacional do café arábica. Até porque, conforme ele, apesar dos estoques “visíveis” estarem em n& iacute;veis muito reduzidos, os “invisíveis” existent! es nos p ortos, onde os números não são tornados públicos, também conhecidos como pipeline, possuem volume significativo.

Nesse contexto, o diretor executivo da OIC destacou que a saída emergencial é informar aos países produtores de todo o mundo que o crescimento da oferta nunca deve superar o avanço do consumo de café.

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