24/5/2005 11:52:13 por News Cafeicultura
Guivan Bueno Presidente da ABIC – Ampliar continuamente o consumo do café é o grande desafio que todos perseguem em muitos países, sejam eles produtores ou consumidores do produto – Nos anos recentes, poucas ações conseguiram transformar o discurso em realidade. As exceções, sempre comentadas por especialistas e pela imprensa mundial, têm sido os segmentos de cafés de alta qualidade, que conseguiram criar uma percepção de valor e exclusividade, associada a um hábito requintado, mas democrático, porque acessível a todos os consumidores, que tem sido impulsionado pela expansão das casas de café e pelo consumo fora do lar, sempre em escala crescente.
Entretanto, há uma questão fundamental e intrigante, relacionada ao grande consumo de massa, cujo crescimento parece muito tímido para comportar a grandiosidade da atividade da indústria de café em todo o mundo.
Solucionar os gargalos que inibem o consumo de café, enquanto se concorre com outras categorias de bebidas – geralmente mais agressivas nos investimentos em marketing para disputar a preferência dos consumidores -, e se busca uma alternativa de agregação de valor que beneficie os vários agentes da cadeia produtiva do café, garantindo-lhes volume de negócios, rentabilidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental, parece ser o grande desafio dos governos, organizações e empresas líderes de nosso setor em todo o mundo.
A ABIC, atenta às mudanças que estão acontecendo nestes tempos, entende que a grande alternativa continua sendo a ampliação do consumo através da oferta de produtos melhores para os consumidores, isto é, ter a qualidade como ferramenta essencial para a ampliação do consumo.
A busca da rentabilidade pela perda da qualidade do café, é uma via enganosa e extremamente perigosa. Um produto sem o apelo do prazer, pode ser rapidamente descartado pelo consumidor que, silenciosamente, vai exercendo o seu direito de substituir suas preferências.