Verba do fundo permite que os cafeicultores se programem para comercializar a safra ao longo dos 12 meses do ano, diz o CNC
O repasse de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) contratados pelos agentes financeiros na safra 2016 atingiu R$ 2,872 bilhões até esta quinta-feira (27/10) o que representa 62,6% do total de R$ 4,586 bilhões autorizados. Os números fazem parte de levantamento do Conselho Nacional do Café (CNC), com base em dados do Ministério da Agricultura.
Segundo o CNC, do montante encaminhado aos bancos e cooperativas de crédito, R$ 1,379 bilhão são destinados à linha de Estocagem; R$ 724 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 480,6 milhões para Capital de Giro de Cooperativas de Produção (R$ 222,5 mi), Indústrias de Torrefação (R$ 140 mi) e Indústrias de Solúvel (R$ 118,1 mi); e R$ 288 milhões para a linha de Custeio.
O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro, diz em comunicado que a tomada da verba do fundo permite que os cafeicultores se programem para comercializar a safra ao longo dos 12 meses do ano e não se vejam pressionados a vender nas baixas para honrar compromissos. O CNC esclarece que os mutuários interessados em tomar recursos do Funcafé na safra atual devem procurar os agentes financeiros e efetivar a solicitação, de maneira que o pedido seja feito ao Ministério da Agricultura e a Pasta faça o encaminhamento dos valores demandados.
Os prazos finais para contratação são: 30 de novembro (para Capital de Giro das Indústrias de Torrefação e Solúvel; 30 de dezembro para FAC; 31 de janeiro (para Estocagem); 28 de fevereiro (para Custeio, que pode ser estendido até 31 de julho quando o orçamento contiver apenas verbas destinadas à colheita); e 31 de março (para Capital de Giro das Cooperativas de Produção).O CNC informa, ainda, que o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, do Ministério da Agricultura, indicou o funcionário de carreira Sílvio Farnese, como diretor substituto do Departamento de Café, Cana de Açúcar e Agroenergia, enquanto o governo não define o titular.
POR ESTADÃO CONTEÚDO
Fonte : Globo Rural